PGR solicita prisão de Carla Zambelli, que está na Europa após condenação
Deputada federal enfrenta pedido de prisão preventiva após sentença de 10 anos
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) após a parlamentar ultradireitista anunciar que está fora do Brasil, em um local ainda não revelado. A manifestação da PGR foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou a prisão cautelar da congressista, visando assegurar a aplicação da lei penal, sem antecipar o cumprimento da pena de dez anos imposta a ela.
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A solicitação foi mantida em sigilo, mas ganhou destaque na mídia no mesmo momento em que Zambelli afirmou ter cidadania italiana. Essa condição a isentaria da possibilidade de extradição para o Brasil, caso o país solicite seu retorno para cumprimento da pena. A situação gerou grande repercussão, especialmente considerando que a deputada foi condenada por sua participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em conluio com um hacker.
Apesar da gravidade da condenação e da perda do mandato, Zambelli anunciou sua decisão de permanecer na Europa, alegando que pretende "denunciar a ditadura" que, segundo ela, vive o Brasil. Em uma declaração, a deputada afirmou: "Vou me basear na Europa. Eu tenho cidadania europeia, então estou muito tranquila em relação a isso. Não é um abandono do país, é resistir." Essa retórica tem sido uma constante na defesa da parlamentar, que construiu uma narrativa de resistência ao regime político atual.
Com a PGR solicitando sua prisão preventiva, o futuro político e judicial de Carla Zambelli se torna incerto. A conjunção de sua condenação e a busca por refúgio fora do Brasil levanta questões sobre a aplicação da lei e a responsabilidade de figuras públicas em situações de crise política. A situação continua a ser monitorada, à medida que novos desdobramentos podem ocorrer nas próximas semanas.
Fonte: Infomoney