Fábio Novo admite expulsão de filiados do PT-PI que apoiarem oposição
Novo presidente estadual defende diálogo, mas garante cumprimento rigoroso das normas internas
O deputado estadual Fábio Novo, eleito no último fim de semana como novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Piauí, afirmou nesta quarta-feira (9) que filiados que declararem apoio a partidos de oposição poderão ser expulsos da sigla. Segundo ele, a medida busca assegurar a fidelidade partidária, especialmente após o fortalecimento conquistado nas eleições municipais de 2024, que resultaram na eleição de 50 prefeitos e prefeitas pelo partido no estado.

Em entrevista ao PortalODia.com, Fábio Novo ressaltou que a prioridade da nova gestão será manter a coesão interna e aplicar, quando necessário, as sanções previstas nas regras partidárias. “Vai ter um direcionamento muito claro. Se nós somos um time, temos que estar nesse time. Se não for do time, nós vamos ter que usar das regras do partido. E eu vou zelar para que essas regras sejam cumpridas, mas, obviamente, fazendo o que eu gosto de fazer que é dialogando, procurando entender por que algum companheiro ou companheira queira buscar outro caminho”, explicou.
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O parlamentar destacou que a possibilidade de expulsão não será descartada em caso de apoio explícito a adversários políticos. “Pode haver expulsão. Então eu vou obedecer as regras, mas sempre observando e chamando para o diálogo. A gente conversa primeiro, chama para o entendimento. Se não houver entendimento, aplicar as regras partidárias”, completou.
Contexto interno e disputas futuras
A fala de Fábio Novo ocorre em meio a um processo de reestruturação interna do PT, que busca fortalecer sua base no Piauí diante da polarização política nacional e das movimentações para as eleições de 2026. Além da fidelidade partidária, o novo presidente terá a missão de manter a unidade entre vereadores, prefeitos e lideranças municipais, garantindo que a legenda continue ocupando espaço de destaque na base aliada do governo estadual.
Fábio Novo ficará à frente do comando estadual do PT pelos próximos quatro anos, reforçando a postura de diálogo, mas com clara defesa da disciplina interna como forma de preservar os interesses e estratégias políticas do partido no estado.
Fonte: Portal AZ