Laboratório identifica piauiense com tipo sanguíneo raro
A chance de encontrar um doador compatível é de 0.01 % na população geral
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) identificou uma paciente, internada no sistema de saúde de Teresina, que possui um anticorpo raríssimo, conhecido como Anti-Ku, incidente em maior proporção na população de países como Finlândia, Japão e Reino Unido.

A mulher estava precisando de transfusão sanguínea, o que levou o laboratório a identificar que ela não possuía um tipo sanguíneo comum. No caso dela, a chance de encontrar um doador compatível é de 0.01 % na população geral.
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De acordo com o laboratório, além dos oito tipos sanguíneos majoritariamente conhecidos e dos dois fatores RH, há 43 sistemas que descrevem mais de 373 antígenos. Entre os antígenos já conhecidos, alguns são extremamente raros, como esse que foi identificado na paciente piauiense.
O Laboratório de Imuno-Hematologia, criado em 2011, possui atualmente cerca de cinco mil cadastros entre doadores e receptores. De acordo com o supervisor do laboratório, Pedro Afonso Sousa, no Brasil, apenas três doadores são compatíveis com essa paciente.

“Com a ajuda da Coordenação Nacional de Sangue, conseguimos localizar um doador no interior do estado de São Paulo. A doação foi realizada na cidade de Botucatu (SP) e enviada a Teresina para ser transfundida na paciente”, explica o supervisor.
A pesquisa de doadores raros ainda é uma prática pouco realizada no país. O Hemopi é um dos hemocentros que possui esse serviço de fenotipagem. “O nosso objetivo é encontrar essas raridades e garantir a segurança transfusional. É um trabalho minucioso que ajuda a salvar pacientes dentro e fora do estado”, explica Pedro Afonso.
Fonte: Com informações do Governo do Piauí