Homem morre no HUT por falta de antibiótico

Segundo o presidente do Simepi, o paciente não recebeu medicamento prescrito a tempo, resultando em fatalidade

Por Carlos Sousa,

O presidente do Sindicato dos Médicos de Teresina (Simepi), Samuel Rêgo, declarou que um paciente faleceu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) devido à falta de medicamentos. Segundo Rêgo, o antibiótico necessário para o tratamento do paciente estava prescrito desde o dia 28 de fevereiro, mas a primeira dose só foi administrada no dia 6 de março. Infelizmente, o paciente veio a óbito no dia seguinte, 7 de março.

Foto: Reprodução/SimepiPresidente do Sindicato dos Médicos de Teresina (Simepi), Samuel RêgoPresidente do Sindicato dos Médicos de Teresina (Simepi), Samuel Rêgo

O medicamento em questão é a Vancomicina, um antibiótico utilizado no tratamento de infecções bacterianas graves, especialmente aquelas causadas por bactérias resistentes a outros antibióticos. "Recebemos a triste notícia de um paciente que morreu no HUT por falta de medicamento. A Vancomicina já estava prescrita desde o dia 28 de fevereiro, mas, somente no dia 6 de março, após as graves denúncias veiculadas na mídia é que o paciente recebeu a primeira dose do medicamento, vindo a óbito um dia depois", declarou Rêgo.

Além da falta de antibióticos, o presidente do Simepi também apontou que, durante o intervalo de quase uma semana em que o paciente não teve acesso ao antibiótico, ele também não recebeu analgésicos para aliviar a dor. "Nem sequer, recebeu analgésicos para aliviar a sua dor estavam disponíveis para ele", completou Rêgo.

Este caso ressalta a importância da disponibilidade de medicamentos em hospitais e a necessidade de garantir que os pacientes recebam o tratamento necessário em tempo hábil. A falta de medicamentos pode ter consequências graves e, como neste caso, até fatais.

Em nota, assessoria do HUT ide nota, que em situações em que uma determinada medicação não está disponível no estoque da farmácia de um hospital, o médico responsável pelo paciente pode, em conjunto com uma comissão permanente designada para lidar com essas questões decidir substituir essa medicação por outra que pertença à mesma classe terapêutica e tenha um efeito similar.

Confira a nota na integra:

A Diretoria do Hospital de Urgência de Teresina Prof. Zenon Rocha – HUT, vem, através da presente nota se posicionar diante de fatos que têm sido veiculados na mídia.

De saída, esclarecemos que dados sensíveis específicos de qualquer paciente estão resguardados por sigilo médico, de modo que não podem ser divulgados, exceto para o próprio paciente, ou familiares, em caso de impedimento deste.

Todavia, cumpre mencionar que tanto esta diretoria, como a presidência da Fundação Municipal da Saúde, tem se empenhado diuturnamente para garantir que o maior hospital de urgência do Estado permaneça com estoques de medicações e insumos suficientes a atender a crescente demanda dos pacientes.

Informamos ainda que em caso de indisponibilidade pontual de alguma medicação no estoque da farmácia, o médico assistente, com o auxílio de uma comissão permanente constituída com tal fim (Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS), avaliam, de plano, a substituição de tal medicação por outra, de igual classe e efeito similar que se encontre disponível, de modo a garantir o atendimento integral ao paciente. Tal prática corriqueiramente ocorre tanto nesta unidade de saúde, como nos demais hospitais da rede pública e privada.

Pontuamos ainda que o Hospital possui todas as comissões técnicas necessárias para avaliação de qualquer evento adverso ou inconsistências dentro dos processos hospitalares de assistência ao paciente.

Registramos ainda o empenho e brilhantismo da equipe de profissionais que atua nesse hospital, que se dedica a prover o melhor atendimento possível aos pacientes, inobstante o enorme volume de pacientes graves e urgentes que são recebidos diariamente nesta unidade de saúde.

Fonte: Governo do Piauí

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