Hospital São Marcos diz que Prefeitura de Teresina deve R$ 10 milhões
A dívida atrasada há mais de um ano resultou na suspensão temporária de atendimentos pela Casa de Saúde
A diretoria do Hospital São Marcos divulgou uma nota pública informando que a Prefeitura de Teresina tem uma dívida de R$ 10 milhões com a instituição, referentes a 12 parcelas de um acordo firmado entre as duas partes. O atraso no pagamento levou o hospital a suspender os atendimentos provenientes de agendamentos da Fundação Municipal de Saúde (FMS) na quinta-feira, 19. Após o pagamento de duas parcelas, os atendimentos foram retomados.
De acordo com o hospital, o valor da dívida é essencial para manter suas operações, como o pagamento de fornecedores e a compra de medicamentos, especialmente para tratamentos oncológicos. A instituição destacou que, embora os repasses do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (SESAPI) estejam em dia, a Prefeitura de Teresina não cumpriu com o contrato de 2024, acumulando atrasos por mais de um ano.
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Atualmente, o Hospital São Marcos atende mais de 15 mil pacientes e emprega mais de dois mil colaboradores e 500 médicos, que trabalham para garantir a continuidade do atendimento, apesar das dificuldades financeiras.
Em resposta ao PortalAZ, a FMS confirmou que há uma ação judicial para cobrar uma dívida de mais de R$ 30 milhões supostamente devida pelo Hospital São Marcos à prefeitura. A fundação criticou a suspensão dos atendimentos e afirmou que essa medida não tinha justificativa.
“A FMS reafirma que há um débito do Hospital São Marcos conosco, já que existe um saldo a receber e que os pacientes do SUS devem ser atendidos. O compromisso da FMS e de qualquer prestador do SUS é garantir o acesso universal e gratuito à saúde para toda a população brasileira. O Hospital São Marcos suspendeu o atendimento aos pacientes sem notificar formalmente a FMS, algo arbitrário e que não pode acontecer novamente”,
A direção do hospital contestou a alegação da FMS, afirmando que não há reconhecimento judicial dessa dívida. A instituição reafirmou que a cobrança da prefeitura não tem base jurídica e continua defendendo o pagamento do valor devido pela administração municipal.
Fonte: PortalAZ