No Piauí, homens de 25 a 29 anos morrem 4 vezes mais que mulheres da mesma idade

Com uma proporção de 376 para 100, o estado supera a taxa nacional de 119 para cada 100 mulheres

Por Carlos Sousa, 25/10/2024 15:00 - Atualizado às 17:01

Segundo dados do Censo Demográfico 2022, o estado do Piauí registrou 22.154 óbitos entre agosto de 2021 e julho de 2022, sendo 12.356 homens (55,77%) e 9.798 mulheres (44,23%). A análise da mortalidade revela uma taxa de óbitos masculinos significativamente maior, com 126,1 óbitos de homens para cada 100 de mulheres, acima da média nacional, que é de 119,6. Tocantins lidera o ranking, com 150,1 óbitos masculinos para cada 100 femininos, seguido de Rondônia e Roraima. No extremo oposto, Rio de Janeiro e Pernambuco apresentam as menores disparidades, com indicadores de 104,5 e 111,9, respectivamente.

Foto: Reprodução/IBGE Mortalidade masculina no Piauí

Mortalidade Masculina Precoce no Piauí

No Piauí, a maior disparidade é observada entre homens de 25 a 29 anos, grupo em que a taxa de mortalidade masculina chega a ser 3,76 vezes superior à feminina, com 376 óbitos masculinos para cada 100 femininos. Esse padrão de sobremortalidade masculina estende-se dos 15 aos 44 anos, um período marcado por causas de morte predominantemente externas, como acidentes de trânsito e homicídios, que afetam mais homens que mulheres.

Foto: Reprodução/IBGE Mertalidade masculina Piauí

“Esse perfil reflete uma vulnerabilidade particular dos homens jovens a situações de risco, levando a um impacto na mortalidade em faixas etárias mais baixas”, explica o relatório.

Mudança de Padrão Após os 80 Anos

A sobremortalidade masculina persiste ao longo da vida até os 80 anos. A partir dessa idade, a tendência se inverte, com o número de óbitos femininos superando o de masculinos. Esse fenômeno ocorre principalmente pela alta mortalidade masculina nas faixas etárias anteriores, resultando em um maior número de mulheres vivas nessa fase da vida. Dessa forma, na faixa etária dos 80 a 84 anos, a presença feminina é dominante, refletindo o envelhecimento da população e a maior expectativa de vida entre mulheres.

Fonte: IBGE