Piauí tem 29 municípios em estado de alerta para dengue e chikungunya
Estudo de infestação predial do LIRAa/LIA aponta necessidade de reforço no combate ao Aedes aegypti
O último levantamento realizado pela pesquisa entomológica LIRAa/LIA de 2024 revelou que, dos 221 municípios piauienses participantes, 190 atingiram o nível satisfatório no controle de vetores de dengue e chikungunya. No entanto, o relatório aponta que 29 municípios estão em estado de alerta, enquanto outros dois estão em situação de risco iminente para surtos de arboviroses. Três cidades não encaminharam os dados solicitados.
A pesquisa, realizada entre os meses de setembro e outubro, indica que os municípios de Alagoinha do Piauí e Morro Cabeça no Tempo, ambos com índice de infestação predial (IIP%) igual ou superior a 4%, apresentam maior vulnerabilidade a um possível surto ou epidemia. O estudo avalia a presença de larvas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, principais transmissores das doenças, e serve de base para a implementação de estratégias de combate ao mosquito.
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Ocimar Alencar, supervisor de entomologia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), explica que a análise dos dados é fundamental para o planejamento de ações de enfrentamento aos vetores da dengue e chikungunya. “Manteremos o suporte necessário aos municípios, principalmente aqueles em situação de alerta e risco, ajudando a identificar e eliminar os focos de criadouros dos vetores”, afirmou Alencar, reforçando a importância de ações coordenadas.
Para a coordenadora de epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, o apoio aos municípios é fundamental para ampliar a eficácia do combate ao mosquito. Segundo ela, a Sesapi já está estruturando atividades de fortalecimento, visando uma atuação conjunta com as prefeituras. “Precisamos de um esforço coletivo para reduzir os índices de infestação. Teremos mais uma etapa da pesquisa este ano e esperamos melhorar ainda mais o cenário do Piauí”, destacou Costa.
A última fase da pesquisa de infestação predial em 2024 terá início em 11 de novembro, e os municípios terão até 6 de dezembro para encaminhar os novos dados à Sesapi.
Fonte: Sesapi