Pobreza, saúde mental e desigualdade: Impactos profundos
Relatório destaca impacto da pobreza na saúde mental e propõe ações para reduzir desigualdes
Estudos recentes apontam que a pobreza está diretamente ligada a um aumento significativo no risco de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. De acordo com um relatório das Nações Unidas intitulado "Economia do Burnout: Pobreza e Saúde Mental", as pessoas em situação de vulnerabilidade têm até três vezes mais chances de enfrentar esses transtornos psicológicos em comparação com outros grupos.
Impacto da Desigualdade
O relatório destaca que a obsessão pela busca incessante de crescimento econômico e riqueza tem levado muitas pessoas a se submeterem a condições de trabalho exaustivas e precárias. Segundo o relator especial da ONU, Olivier De Schutter, em sociedades muito desiguais, o medo de cair na pobreza leva indivíduos da classe média a desenvolverem altos níveis de estresse, ansiedade e depressão.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
Jornadas Exaustivas e Insegurança
Um dos principais fatores de risco identificados é a jornada de trabalho extenuante, como a demanda por disponibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana, comum em profissões como a dos entregadores de aplicativos. Essa realidade resulta em horários imprevisíveis, tornando desafiador conciliar trabalho e vida pessoal, o que contribui significativamente para quadros de ansiedade e depressão.
A incerteza em relação ao horário de trabalho e a quantidade de horas a serem dedicadas à profissão são apontadas como grandes impulsionadores desses transtornos psicológicos. Além disso, a ansiedade climática, decorrente de eventos extremos como inundações e secas, também tem impacto negativo na saúde mental, gerando insegurança financeira e ansiedade.
Propostas de Ação
O relatório sugere que os governos adotem medidas efetivas para reduzir as desigualdades e inseguranças, como a implementação de políticas de renda básica universal, apoio à economia social e solidária, e mudanças no mundo do trabalho. Organizações não governamentais, sindicatos e acadêmicos estão se mobilizando para apresentar alternativas ao atual modelo econômico, visando a erradicação da pobreza até 2025.
Diante desses desafios, é fundamental que a sociedade como um todo esteja atenta aos impactos da pobreza na saúde mental e trabalhe em conjunto para promover mudanças significativas que garantam o bem-estar e a qualidade de vida de todos os cidadãos.
Fonte: Divulgação