Desafio global: Prevalência da doença de parkinson dobrará até 2050

Estudo aponta crescimento alarmante de casos de Parkinson no mundo. Saiba mais!

A prevalência da Doença de Parkinson está prevista para dobrar até o ano de 2050, afetando um total de 25,2 milhões de pessoas em todo o mundo, o que representa um aumento significativo de 112% em relação aos números de 2021, conforme revelado em um novo estudo publicado na renomada revista científica The BMJ. Esse aumento expressivo é atribuído, em grande parte, ao processo de envelhecimento da população global.

Características da Doença

A Doença de Parkinson é uma condição degenerativa que provoca um desgaste progressivo no organismo. Ela é caracterizada pela degeneração das células nervosas na substância negra, uma região dos gânglios basais do cérebro, levando à diminuição na produção de dopamina. Os sintomas incluem tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita ao longo do tempo. Vale ressaltar que a progressão dos sinais e sintomas varia de pessoa para pessoa, e atualmente não há cura definitiva para a doença, embora seja tratável.

Projeções e Desafios Futuros

Os pesquisadores utilizaram dados do Estudo Global Burden of Disease Study 2021 para estimar a prevalência da Doença de Parkinson até 2050, considerando fatores como idade, sexo e localização geográfica. O estudo aponta que o envelhecimento populacional será o principal impulsionador desse aumento, representando 89% do crescimento previsto. Países do Leste Asiático, como Japão, China e Coreia do Sul, devem registrar a maior concentração de novos casos, seguidos pelo Sul da Ásia, que abrange países como Bangladesh e Índia.

Além disso, a projeção indica que indivíduos com mais de 80 anos serão os mais afetados, com uma prevalência estimada de 2.087 casos por 100.000 habitantes em 2050. A diferença na incidência da doença entre homens e mulheres também deve aumentar globalmente, passando de 1,46 em 2021 para 1,64 em 2050. Diante desse cenário, os especialistas destacam que a prática regular de exercícios físicos é uma das melhores formas de prevenção a longo prazo.

Desafios e Recomendações

Apesar das projeções alarmantes, os pesquisadores salientam a necessidade de interpretar os resultados com cautela. Algumas limitações foram identificadas, como a escassez e qualidade inadequada de dados em determinadas regiões, a falta de informações sobre fatores de risco além da demografia e a dificuldade em prever com precisão a prevalência da doença em diferentes grupos étnicos.

Diante desse panorama, os cientistas enfatizam a urgência de direcionar esforços para o desenvolvimento de novos medicamentos, técnicas de engenharia genética e terapias de substituição celular, com o objetivo de modificar o curso da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados pela Doença de Parkinson.

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