Parece só mais um resfriado…
mas pode ser bronquiolite: veja os sinais de alerta
Até fevereiro deste ano, o Brasil já havia registrado 8.451 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 565 óbitos, sendo cinco deles causados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Os dados são do Informe de Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, crianças de até dois anos são especialmente sensíveis a esse vírus. Em até 80% dos casos, ele é o causador da bronquiolite, inflamação que ataca os bronquíolos. O pediatra da Hapvida, Elton Castro, explica que os primeiros sinais de alerta parecem com os sintomas de um resfriado, mas é preciso ficar atento para a evolução do quadro.
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“A criança pode apresentar coriza, tosse e febre baixa. Mas depois, os sintomas podem se agravar e surgir uma taquipneia, que é a respiração acelerada, juntamente com chiados no peito, dificuldade para mamar, e retração intercostal¸ que é contração dos músculos localizados entre as costelas na caixa torácica, causados pela dificuldade em respirar. Caso a criança apresente esses sintomas, os pais devem procurar uma unidade médica imediatamente”, esclareceu o especialista.
Diferenças
Segundo Elton Castro, no resfriado, há coriza e tosse leve, mas a criança mantém um bom estado de saúde no geral. Na bronquiolite, há uma piora respiratória progressiva, com chiados no peito, esforço para respirar, dificuldade para se alimentar, letargia ou irritabilidade excessiva, e até mudança na cor dos lábios, que podem ficar roxos, o que leva, frequentemente, a uma necessidade de hospitalização.
Ainda de acordo com o médico, o diagnóstico é cliníco, baseado na história e em exames físicos. Testes de raio-x e testes de antígeno viral ou PCR são reservados para casos mais graves ou atípicos. A doença pode ser transmitida pela via aérea (gotículas respiratórias), e pelo contato com superfícies contaminadas.
A melhor proteção, reforça o especialista, é prevenir. Dentre os principais cuidados com os pequenos para evitar a doença estão a higiene rigorosa das mãos; evitar aglomerações e contato com pessoas resfriadas; garantir o aleitamento materno, uma vez que o leite da mãe contém anticorpos; manter uma alimentação saudável e estimular a hidratação das crianças.
Fonte: Ascom