Endometriose: SUS inclui novos tratamentos hormonais
SUS incorpora DIU-LNG e desogestrel para tratar endometriose. Saiba mais!
A endometriose é uma condição que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, sendo caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, o que pode resultar em dores intensas e, até mesmo, infertilidade. Recentemente, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a oferecer duas novas opções de tratamento para as pacientes com endometriose: o dispositivo intrauterino com liberação de levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel.
Novos Tratamentos Hormonais
O DIU-LNG atua inibindo o crescimento do tecido endometrial fora da cavidade uterina, sendo indicado especialmente para pacientes que não podem usar contraceptivos orais combinados. Já o desogestrel, que também age de forma hormonal, é considerado tratamento de primeira linha, permitindo sua prescrição logo no início, sem a necessidade de confirmação do diagnóstico por exames. Este medicamento é eficaz na redução da dor e na prevenção da progressão da doença.
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A inclusão desses tratamentos no SUS foi embasada em recomendações favoráveis da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Porém, é importante ressaltar que a disponibilidade efetiva dessas terapias ainda depende de processos administrativos, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose, que irá orientar os profissionais de saúde sobre o uso adequado dessas novas opções terapêuticas.
Impacto e Aumento dos Casos
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo sofrem com a endometriose, totalizando mais de 190 milhões de pessoas. No Brasil, os casos têm aumentado significativamente, com um crescimento de 30% nos atendimentos na atenção primária para diagnóstico da doença entre 2022 e 2024, passando de 115,1 mil para 144,9 mil atendimentos. Apenas nos anos de 2023 e 2024, foram registrados mais de 260 mil casos relacionados à endometriose.
Diante desse cenário, a inclusão de novas opções terapêuticas para o tratamento da endometriose pelo SUS representa um avanço importante no cuidado da saúde das mulheres, contribuindo para o alívio dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida das pacientes.