Dupla face do eleitor e reflexos na campanha em Teresina

O conservadorismo dos eleitores no campo político é uma novidade

O Instituto Amostragem foi às ruas, ouviu 401 pessoas maiores de 16 anos em Teresina, entre os dias 2 e 4 de dezembro, e descobriu que sob o ponto de vista político, dois terços dos entrevistados (68,58%) se enquadram em perfil conservador, de centro direita e direita. Mas no aspecto econômico, 52,62% tendem a ser de centro-esquerda e esquerda.

O que explicaria que em uma mesma população haja divergência sobre perfil ideológico em campos diferentes?
João Batista Teles, do Amostragem, percebe razões na economia para que o teresinense seja mais à esquerda em matéria econômica: o forte componente estatal na formação do Produto Interno Bruto do Estado tenderia a levar as pessoas a simpatizarem menos com ideias econômicas liberais.

Mas e o conservadorismo político? Batista não arrisca uma explicação mais focada como no caso da economia. Mas o historiador Rodrigo Caetano, doutor em História Social pela Universidade do Pará, considera que ser conservador é um traço mais comum que se imagina: “Mesmo as pessoas mais progressistas sob o aspecto social, político e cultural podem trazer em si traços desse conservadorismo que as aproxima do espectro ideológico de direita”, explica Caetano.
O conservadorismo dos eleitores no campo político é uma novidade que certamente acende luz amarela em alguma campanha ou despesa contentamento e alívio em outras, porque certamente o eleitor estará mais receptivo a propostas e ideias nesse campo ideológico.

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