Presidente da Câmara de Vereadores de Simplício Mendes emite nota requerendo direito de resposta
Presidente da Câmara de Vereadores de Simplício Mendes emite nota requerendo direito de resposta
O senhor Ney Madeira Moura Fé Júnior (neim), presidente da câmara de vereadores da cidade de Simplício Mendes, enviou um oficio de nº 08/2019 com uma nota requerendo direito de resposta referente à matéria publicada no Blog do JB, no dia 10 deste mês de junho, com o seguinte título: "Presidente da Câmara de vereadores de Simplício Mendes é denunciado ao Ministério Público".
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Na nota o vereador Ney Madeira Moura Fé Júnior alega que até a presente data não fora realizada qualquer tipo de denuncia oficial de sua pessoa ao Ministério Público deste Estado.
Veja na íntegra a nota do presidente da câmara de vereadores.
A denúncia foi feita pelos vereadores da bancada da oposição Weliton José Leal Rodrigues, João Tavares de Moura (João da Cruz) e Josimar Rodrigues Pereira (Galego de Zulmiro) e pela presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Educação Aldete Eva dos Santos Araújo Alves.
Com a palavra os vereadores da bancada da oposição.
“A denúncia foi feita, não oficializada ainda por falta de um documento que é a cópia da Ata da sessão que já solicitamos e infelizmente ainda não recebemos. Inclusive a solicitação foi feita em plenário e através de requerimento. Tivemos o nosso pedido de vista negado ferindo o regimento interno daquela casa legislativa. Quando se trata dos seus interesses o presidente faz valer o que diz a lei da casa legislativa. Ao solicitarmos a cópia da Ata da sessão o presidente disse que tem 15 dias para fazer a entrega da cópia", disse o vereador Weliton Leal.
Veja cópia do requerimento solicitando a cópia da Ata da sessão.
“ Depois de ter o pedido de vista de quatro vereadores negado fomos direto para o fórum e fizemos a denúncia para o representante do Ministério Público. Juntamente comigo foram os meus colegas vereadores João da Cruz e Weliton Leal, como também a senhora Aldete Eva dos Santos Araújo Alves que é presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais em Educação. O promotor nos orientou que precisaríamos da cópia da Ata da sessão que está sendo negado até o momento pelo presidente alegando que tem um prazo para entregar. Fizemos sim a denúncia e inclusive assinamos o Livro de Atendimento ao Público da Promotoria de Justiça de Simplício Mendes. O nosso advogado está tomando todas as providências necessárias que o caso requer. Estamos aguardando a cópia da Ata da sessão senhor presidente", concluiu o vereador Josimar Rodrigues (Galego de Zulmiro).
O requerimento solicitando a cópia da Ata da sessão foi feito no mesmo dia, ou seja, dia 10 do corrente mês logo depois da sessão.
Veja assinatura dos vereadores e da presidente do Sindicato dos Servidores Municipais em Educação no Livro de Atendimento ao Público da Promotoria de Simplício Mendes.
Nesta manhã, horas depois que a reportagem do Portal AZ tinha conversado com os vereadores Weliton Leal e Josimar Rodrigues (Galego de Zulmiro) para que os mesmo se manifestassem sobre a nota do presidente da Câmara, o vereador João Cruz telefonou para o blogueiro JB comunicando que tinha acabado de receber uma cópia da Ata da sessão.
O próprio vereador João Cruz entregou uma cópia da Ata da sessão nesta tarde para o blogueiro JB.
Veja cópia da Ata da sessão.
Relembre o caso.
Na manhã desta segunda-feira (10) vários professores foram até a
câmara de vereadores assisti a sessão onde poderia ser colocado
em votação em caráter de urgência o Projeto de Lei enviado pelo
prefeitoHeli de Araújo Moura Fé, que trata sobre o Plano de
Aplicação dos Créditos das Transferências do FUNDEF.
Os quatro vereadores da bancada da oposição Wellington Leal,
João da Cruz, Nenen Brito e Galego de Zulmiro se posicionaram
contra a votação naquela sessão alegando ser contrários a planilha
enviada pelo prefeito citando como seria aplicado o valor de Cinco
Milhões e Setecentos e Oitenta Mil Reais (R$ 5.780.000,00) já que
o caso ainda está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF).
Desse valor Um Milhão e Duzentos e Vinte Mil Reais (R$
1.220.000, oo) será para a construção da Sede da Secretaria
Municipal de Educação. Seiscentos Mil Reais (R$ 600.000,00) para
despesa com combustível. E o valor de Trezentos Mil Reais para a
compra de pneus (R$ 300.000,00). Esses três exemplos constam
na planilha do projeto enviado pelo prefeito para ser votado.
A advogada Gismara Santana que representa o Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais em Educação teve a palavra
concedida e falou na tribuna por cinco minutos e em sua breve
explanação pediu aos vereadores cautela e que fizesse uma
revisão com calma na planilha enviada pelo prefeito.
A sessão foi tensa, marcada por muitos elogios e aplausos para a
advogada e os vereadores de oposição, e muitas vaias e
reclamação contra os vereadores da bancada da situação.
Os vereadores da oposição chegaram a ameaçar deixar a sessão.
Quando parecia que a votação não seria realizada naquela sessão,
o vereador Elan líder do prefeito na câmara pediu ao presidente
que a votação fosse realizada em plenário sendo aprovado por
cinco votos. Os vereadores que votaram a favor da PL foram: Elan,
Waltemberg Veloso (ferrim), Ticiana, Berenice e Neim.
Logo após a sessão os professores juntamente com os vereadores
da oposição foram direto para o fórum para fazer a denúncia no
Ministério Público.
Segundo o vereador João da Cruz a atitude do presidente da
câmara fere o artigo 166 do regimento interno da casa, no que trata
sobre o pedido de vista ou adiamento da votação.
“Ficamos sabendo que o Senhor prefeito mandou um projeto de lei
em relação aos gastos dos 60% da precatória do FUNDEF com
planilha de recursos a serem gastos. O que nos assustou é a forma
de como querem gastar esse dinheiro. É óbvio que queremos que
os 40% que já foi aprovado, que seja utilizado de forma correta e
que esses 60% seja repassado para quem tem realmente o direito
na nossa convicção, que são os professores. Mais que fique claro
que só nos fazemos presente na sessão para pedir cautela dos
senhores vereadores e que não colocassem o projeto em votação,
pois essa pauta ainda está no STF para ser discutido e julgado se a
suprema corte disser que não temos direito a esse montante, não
temos o que reclamar, apenas que essa planilha seja refeita com
maior responsabilidade, mas o que não pode é o prefeito mandar
tal projeto com pedido de urgência e os vereadores votarem e
aprovarem antes mesmo de saber a decisão do STF, falou Aldete
Eva dos Santos Araújo Alves presidente do Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais em Educação do município de
Simplício Mendes”.
A sessão polêmica foi transmitida ao vivo pelo aplicativo Facebook
do vereador Wellington Leal.