Introdução alimentar não precisa ser um bicho de sete cabeças

A dica principal é paciência e amor, o resto vira diversão com caras e bocas e sabores

Foram seis meses de leite materno (e lata). Então chegou a hora de apresentar novos sabores ao Igor Fernando. Segundo uma pesquisa sobre alimentação realizada pela CRESCER, 65% das crianças começaram a introdução alimentar após os 6 meses, conforme preconiza a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O primeiro alimento que resolvemos oferecer foi uma banana. Acho que ele esperava tanto para provar o que tanto a gente colocava na boca, que comeu bem direitinho. Eu confesso que pensei que seria mais difícil, por conta não só da alteração do sabor, mas também pelas texturas dos alimentos, mas o Igor Fernando não me deu trabalho algum.

Igor preparado para comer (Foto: Arquivo Pessoal)

Iniciei com as frutas, depois papinha e agora estou dando alimentos um pouco mais “sólidos”, para ele ir testando as várias formas de cada um. Esse é o método BLW, que tem ganhado muitos adeptos. Este termo significa, em tradução livre, “desmame guiado pelo bebê” (baby-led weaning) e consiste em oferecer alimentos em pedaços ao pequeno, de modo que ele mesmo se alimente, de acordo com sua curiosidade, apetite e interesse.  Faço das duas formas (papinhas e BLW). Iniciei um sabor por dia. Intercalei com leite. 

Nesses dias ele já provou batata, cenoura, beterraba, arroz, macarrão, carne, frango, peixe, ovos, mandioquinha e frutas mais diversas. Também pesquisei inúmeras receitas de papinhas doces e salgadas.

Acho que meu filho tinha fome acumulada. Porque ele adora comer e de tudo! Tudo que se oferece ele come. Não uso sal nem açúcar na comida do Igor, mas confesso que às vezes ele avança no meu prato. 

Mas a principal dica que dou é: Tenha paciência! No início o bebê pode comer muito pouco, quase nada. Também é normal colocar a comida para fora e fazer muitas caretas (O igor sempre faz careta quando vai comer um alimento novo).

Se você sentir dificuldade ou achar que o processo está lento, tenha paciência e evite frustração, por mais difícil que seja. Tenha em mente que algumas crianças aceitam as frutas, legumes e outros alimentos com mais facilidade e se adaptam mais rapidamente. Outras levam mais tempo para começar a comer mesmo. Por isso, evite comparações e continue insistindo e oferecendo diferentes sabores para o seu filho.

O fato dele não gostar de um alimento na primeira vez que come também não é determinante. Mude o preparo ou intercale com outras variedades, para que ele prove mais vezes e, assim, possa experimentar de diferentes formas.

Uma observação: O padrinho do Igor Fernando foi a única criança que conheci que não comia nada além de leite de peito e não foi pro falta de insistência. Até hoje existe uma seleção na hora de comer... Um caso a ser estudado kkkk

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