Briga de oligarquias municipais leva senador a voltar ao sertão

O aniversário 

Daqui a cerca de um mês, em 9 de junho, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) completa 74 anos. Ele nasceu em 1950 na cidade de São Raimundo Nonato, mas nunca foi de residir naquela cidade a 520 km ao Sul de Teresina. Sempre votou em Teresina, onde fez carreira política. 
 

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Foto: Reprodução

O filho Zé Neto, o primo Rogério e Marcelo Castro deixando Teresina para votar em São Raimundo Nonato

Reforço ao primo 

 Agora, Castro resolveu voltar à terra natal para votar nas eleições deste ano. Vai reforçar o palanque de um primo, Rogério Castro.
Marcelo transferiu o domicílio eleitoral para sua terra natal, onde nunca votou, em meio a outra oligarquia municipal sanraimundense, a da família da prefeita Carmelita Castro, esposa do deputado estadual Hélio Isaías (PT), esse nascido em Oeiras, e terra também da ex-vice-governadora Margarete Coelho. 

O duelo nas urnas 

As duas famílias escalaram dois nomes da mais nova geração para duelarem nas urnas. Do lado do senador, o candidato é seu primo Rogério Castro e com apoio da prefeita deve disputar Isaías Neto, sobrinho de Carmelita Castro.
Nesta segunda-feira, Marcelo Castro compareceu ao cartório eleitoral de São Raimundo para formalizar a mudança de domicílio eleitoral para a cidade. 
 

Foto: Foto: reprodução/Portal Mandacaru

A prefeita Carmelita apoia um sobrinho para seu lugar.

O filho também 

O filho  do senador, Castro Neto, que é deputado federal pelo PSD, também mudou o domicílio.
O senador justificou a troca de domicílio de Teresina para São Raimundo Nonato  como um modo de ajudar a cidade a se desenvolver com a eleção de seu primo como prefeito.

As circunstâncias 

“Eu não era eleitor de São Raimundo Nonato. Por uma série de circunstâncias meu pai fazia campanha aqui em São Raimundo e eu fazia a campanha em Teresina, mas agora nós estamos de volta às nossas origens para passar à opinião pública que estamos 100% comprometidos com o futuro de nossa cidade e com a pré-campanha do nosso [candidato] Rogério Castro”, disse o senador em vídeo postado nas mídias sociais.

Foto: Reprodução

Olha a cena: o senador se emociona ao descobrir, 75 anos depois, a sua cidade. Abraça o povo nativo como se o tivesse visto pela primeira vez

Marcelo deixou Fábio Novo na mão 

Marcelo Castro preside o MDB e foi um dos fiadores do acordo entre seu partido e o PT para lançar o deputado estadual Fabio Novo como candidato a prefeito. Novo tem um segundo lugar nas pesquisas, mas não avança além de um terço dos eleitores – sempre atrás do ex-prefeito Silvio Mendes, do União Brasil.

Deserção 

A saída de Marcelo Castro de Teresina para votar e fazer campanha em São Raimundo Nonato, além da briga municipal entre duas oligarquias políticas no sertão do Piauí, tem sido percebida como um ato de deserção do senador. Ele já teria jogado a toalha antes mesmo de a campanha de Fábio Novo entrar no modo intensivo.

Conversas de botequim 

Sujeito com muito trânsito no Palácio de Karnak dizia, numa movimentada mesa de bar, que a antiga casa do empresário Ari Magalhães agora estaria pertencendo ao ministro Wellington Dias. 

Buffet familiar 

 Os jornalistas que fazem esta coluna não deram um passo para checar a informação do falante “companheiro”, mas ficaram sabendo lá mesmo na mesa do bar que no espaço funciona um buffet administrado por uma irmã do ministro. 
E seria o local onde os governistas fazem suas festas. 

Marcelo e o filho 

Agora que deu ruim para Fábio Novo. Marcelo Castro foi e ainda levou o filho, Zé Neto, para tirar o título de eleitor em São Raimundo Nonato. 
Quem tem parceiros como esses, vai precisar dos inimigos? 

O primo 

Eles foram apoiar o cambota Rogerao, como é chamado Rogério Castro, para prefeito de São Raimundo. 
Que, se eleito, vai saber melhor dividir o que receber de emendas para obras no município. 

Bugigangas

A Prefeitura de Monsenhor Hipólito vai pagar R$ 1,333 milhão à empresa Hiper Importados Ltda pela aquisição de utensílios domésticos, brinquedos, artesanato, enfeites e enxoval para a prefeitura municipal, suas secretarias.
Parece dinheiro demais para itens importantes de menos na gestão pública.

Barrado no baile 

Outra conversa ouvida na mesa de bar: o deputado Marden  Meneses pagou o maior mico ao ser barrado no avião que levou Rafael Fonteles a Piripiri.
Marden teria chegado ao hangar do governo, mas foi barrado por um segurança e impedido de entrar no avião. 
Rafael viajou com duas vagas no avião. 
 

Foto: Reprodução/Internet

Marden Menezes teria sido barrado no avião do governador em viagem para Piripiri

Avião do Georgiano 

Como Georgiano Neto está de olho nos votos da família Menezes para deputado federal em 2026,  ele alugou um avião para levar Marden. 
Agora, convenhamos, Rafael chegar na cidade de sua companheira Jove com o adversário dela, seria mais um desrespeito para com a prefeita.

Adesão sem voto 

O primeiro foi aceitar a adesão de Marden sob pretexto de ele votar em Fábio Novo em Teresina. 
Como se ele tivesse volume de votos na capital capaz de ajudar um candidato. 

Foto: Reprodução

Cenário de reunião em São Paulo da Investe. Muito gasto, atração de empresas, zero

Gastos na lua 

Informa Toni Rodrigues que foram de R$ 182,8 milhões os gastos feitos pela Investe Piauí em viagens, sob pretexto de atrair investimentos para o Estado. 
Ele não revela quantos milhões o governo já recebeu de investimentos; não revela quantos empresários aqui já chegaram para fincar suas empresas. 
Enfim, parece que nada, nada, nada ainda.