No Piauí governo petista privatiza serviços de saneamento
Serviço de Teresina ja não é bom, mas o governo entrega o resto do Piauí ao mesmo grupo empresarial
Prego e ferradura
Enquanto em São Paulo o PT faz carga contra a privatização da Sabesp, a empresa de economia mista concessionária de serviços de saneamento, no Piauí o governo do PT acaba de privatizar esses serviços – o que praticamente extingue a sua empresa estatal do setor, a Agespisa.
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Investimento
Pelo que diz o governo, a empresa vencedora do leilão de privatização, a Aegea, vai investir R$ 8,6 bilhões na expansão de serviços – principalmente de esgotos.
Muito duvidoso.
Outorga
Segundo o governo do Piauí, a outorga dos serviços vai custar R$ 1 bilhão à empresa compradora – que deverá depositar R$ 250 milhões na conta do Estado no ato da assinatura do contrato.
Os R$ 750 milhões restantes poderão ser pagos em uma parcela de R$ 250 milhões, quando a empresa assumir por completo os serviços e R$ 500 milhões ao longo do contrato.
Vai pra onde?
O governo não foi claro em suas informações à mídia sobre como serão aplicados os R$ 250 milhões da “entrada” da Aegea e restante, R$ 750 milhões, mas como tem um abacaxi financeiro nas mãos, que é a multimilionária dívida da Agespisa, o mais razoável é que usasse o dinheiro para reduzir o rombo da falida estatal.
Mas não parece ser o caso.
A dívida
A dívida da Agespisa, que deve passar de R$ 1 bilhão, pode terminar sendo espetada no Tesouro estadual.
Porque, como teria sido combinado, esse dinheirão deve ser rateado entre os prefeitos que cederam suas concessões.
Os investimentos
O governo projeta que os investimentos da Aegea sejam de R$ 8,5 bilhões ao longo do prazo da concessão, de 35 anos, o que dá uma média de R$ 242,8 milhões por ano.
Não está claro se o valor dos investimentos exclui o quanto a empresa pagará pela compra dos serviços.
Então, veja
Se inclui, a conta de investimentos vai a R$ 9,5 bilhões. Se exclui, cai para R$ 7,5 bilhões.
Contra em SP
No ano passado, o PT ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação questionando a lei estadual que autorizou a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp.
O PT diz que a lei sancionada em dezembro do ano passado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e os atos administrativos relacionados ao processo de privatização, violam os princípios da competitividade e da economicidade.

Sem concorrente
No caso paulista, O PT destacou que o processo de privatização ocorreu por meio de leilão com a participação de único concorrente com oferta significativamente abaixo do preço de mercado.
No caso do Piauí havia um só concorrente, a Aegea, mas como o leilão estava sob o comando de um governador do PT, não houve quem dissesse que isso era ruim.
Retorno
Derrotado em sua tentativa de se eleger vereador de Teresina pelo PT, Décio Solano Nogueira, irmão do deputado federal Merlong Solano, ganhou como prêmio de consolação uma sinecura no Palácio de Karnak.
Foi nomeado ontem para o cargo em comissão de assessor técnico III, DAS-4, da Secretaria de Relações Sociais do governo.

Mais um
O irmão do deputado Merlong é apenas o mais conhecido entre os soldados palacianos que foram à guerra, quer dizer, à eleição, e agora voltam premiados.
Wagner Dias Alves Catanheide, por exemplo, concorreu a vereador em São Félix pelo PT, com o apelido de “Wagner do Povo”. Não era tão do povo assim, porque somente obteve 17 votos, mas foi nomeado ontem para o cargo em comissão de assistente de serviços i, DAS-1, da Secretaria de Segurança Pública.
Meu cargo, minha vida
Tem mais: Débora Amorim Santos Macedo, que foi candidata a vereadora em Esperantina, pelo PT, obtendo 505 votos, foi nomeada para o cargo em comissão de gerente, DAS-3, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico.
A lista
Pelo visto, a lista dos devorados pela porca aumentará nas diversas secretarias.
Péssimo exemplo
A aguas de Teresina ja vem sendo multada pela má prestação de serviço apenas em Teresina, avalie quando se estender por todo o Estado.
Transparência
Sobre a informação da coluna de ontem a respeito do aplicativo Piauí saude digital choveram reclamações.
Dizem que o aplicativo é bom, ruim é a falta de transparência. De que ninguém sabe quanto se gastou com isso;
quem é a empresa
quem é o dono.
Transparência II
A contratação de profissionais de saúde pra o app acontece em todo lugar, menos no Piaui;
Não se sabe como é o pagamento. Isso pode ser mais fonte de problema do que solução, dizem os céticos.
Aqui, não
Rafael Fonteles segue irredutível: não vai mexer na equipe e nem dar cargos aos partidos.
Alguém precisa avisa-lo que a família Lima quer ampliar seu poder e se não conseguir no Estado, vai para o lado de Silvio Mendes.