Direto da Redação: a extradição que não finda
O preso, além de perigoso, é poderoso — tem advogado piauiense como defensor
O bandido holandês
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O processo 1626, que tramita no STF há 3 anos, trata de um pedido de extradição dos Países Baixos ao Brasil, em desfavor do holandês Gerel Lusiano Palm.

De quem se trata
O homem é considerado um dos maiores traficantes da Europa, e o governo holandês aguarda a conclusão da extradição no Brasil para a Europa, a fim de atender ao Governo dos Estados Unidos que, por meio do DEA, quer o perigosíssimo preso em uma cadeia americana.
A defesa canta de galo
Os advogados brasileiros — entre eles, um piauiense e um maranhense — estão procurando uma fórmula mágica para segurar o estrangeiro no Brasil, e seguiram pelo tortuoso e conhecido caminho do pedido de asilo, próprio de perseguidos políticos (o que não é o caso), para ver se cola a continuidade da permanência de Gerel em terras cariocas.
Os imóveis do preso
Falando em Rio de Janeiro, somente naquela cidade maravilhosa o suspeito cidadão possui mais de 40 imóveis, administrados por sua esposa, Rafaely, que também foi envolvida no processo de extradição e segue em prisão domiciliar, obtida por esse piauiense, sócio do maranhense.
Aí tem
Agora, quando o processo está perto do fim, e os governos da Holanda e dos Estados Unidos já esperavam o homem que esteve na lista dos 10 mais procurados do mundo, surge uma decisão do ministro Flávio Dino, relator do caso, convertendo o julgamento em diligência para saber do governo da Holanda por que a família de Gerel foi transferida de lugar naquele país.
Aí tem 2
Qualquer ser humano normal imagina que um homem de alta periculosidade como esse deve impor temores e rancores em meio mundo — ou submundo — na Europa, ou no país onde se encontram seus familiares, que são os próprios envolvidos ou o suporte local da trama internacional criminosa.
Valha-nos Jesus!!!
O advogado piauiense José Eduardo Pereira Filho é um dos brasileiros que se encontram abrigados num bunker em Tel Aviv, Israel, para escapar das bombas iranianas sobre a cidade.

Edu e o consórcio
Eduardo acompanha os membros de uma missão do Consórcio Brasil Central.
Ao Portal AZ, ele disse:
“Nosso hotel tem um bunker bem seguro. É esperar e orar”.
Tudo fechado
O Itamaraty tem feito apelo ao governo de Israel, mas sabe que os aeroportos estão fechados, sem chance de os brasileiros saírem da cidade nos próximos dias.
Então, a situação é: “esperar e orar”.
Os dois Papas
Uma foto histórica de 2006, tirada na Paróquia de Santo Agostinho, em Buenos Aires, mostra dois futuros Papas celebrando missa juntos pela única vez, sem saber que ambos seriam Papas consecutivamente.
É a única paróquia do mundo, fora do Vaticano, onde os dois últimos Papas concelebraram juntos. Parabéns ao fotógrafo por esse registro.

Prévias do Salipi
Neste domingo termina o Salão do Livro do Piauí (Salipi), no Espaço Rosa dos Ventos, na UFPI.
Com maciça presença de estudantes de escolas públicas e particulares, o salão deveria fazer prévias com minimostras de livros nas escolas para conquistar ainda mais os futuros leitores.
Vem, Tarcísio
Ninguém tem coragem de dizer, mas existem pesquisas tanto à direita quanto à esquerda indicando que Tarcísio de Freitas (Republicanos) é um nome que consegue furar a bolha do petismo no Nordeste.
Falta, no espectro da direita, alguém avisar ao capitão que eleição boa é eleição sem ele na urna eletrônica.

Vem, Tarcísio 2
Tem ainda outro indicativo forte sobre o capitão mais atrapalhar que ajudar: Tarcísio de Freitas é um nome que impulsiona para cima os candidatos que estejam junto a ele no Nordeste.
Bolsonaro empurra para baixo.
Sousa Neto
Na semana que vem, o advogado Álvaro Mota toma posse na Academia Piauiense de Letras Jurídicas, na cadeira 29, cujo patrono é Joaquim de Sousa Neto, juiz nascido no Piauí que foi presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, cassado pela ditadura em 1968.

Garantista
Sousa Neto é muito respeitado por ser, digamos, uma espécie de precursor de uma justiça garantista. Não era do feitio dele condenar, a não ser quando não restasse qualquer resquício de dúvida sobre a culpa do réu.
Voz atual
Hoje, com juízes que falam pelos cotovelos e querem ser populares quando não precisam ser, uma frase de Sousa Neto precisa ser lida e repetida à exaustão:
“O pavor de perder a popularidade ou de não conquistá-la não deve inibir o juiz, pois o que se tem verificado é que a justiça se engrandece com a renúncia às formas populares de sonora repercussão do nome.”