A mancada de Macron

A mancada de Macron

O presidente francês Emmanuel Macron armou um circo nesse último final de semana,  onde desempenharia o papel de líder inconteste, como defensor do meio ambiente em todo mundo, elegendo o Brasil como vilão mundial do meio ambiente, diante das queimadas que acontecem anualmente nesse período na região norte do país. 

Já na quarta-feira última, Emmanuel Macron, começou a cantilena ao anunciar ao mundo que “a nossa floresta Amazônica” ardia em chamas e que o governo brasileiro era inerte diante dessa calamidade ambiental sem precedentes.  

Com uma reunião marcada do grupo de países que compõem o G7, as maiores economias do planeta na costa sul da França em Biarritz, Macron preparou um discurso de condenação ao Brasil, anunciando que o seu país não assinaria o recente tratado da União Europeia com o Mercosul, prejudicando a nossa maior pauta de exportação, o agronegócio, 

Só que, com a chegada na sexta-feira dos primeiros líderes mundiais a Biarritz, Angela Merkel e Boris Johnson, a euforia de Macron em execrar o Brasil pois, segundo Macron, estarmos destruindo com as queimadas o pulmão do mundo, uma tremenda falácia - foi arrefecendo, já que nenhum dos dois primeiros ministros, Merkel da Alemanha e Johnson do Reino Unido, se dispuseram a coadunar com a beligerância de Emmanuel Macron em relação ao Brasil. 

Aliás, chegou a vazar um áudio-vídeo da reunião dos integrantes do G7 em Biarritz, no qual o presidente francês se mostra perplexo, com a decisão de Merkel e Boris Johnson de telefonarem para o presidente brasileiro, oferecendo ajuda inclusive de ordem financeira, para que o país conseguisse diminuir as queimadas na Amazônia.

Sem esquecer que, esse circo armado pelo presidente Francês Emmanuel Macron teria na realidade a pretensão de chamar para si, um protagonismo que lhe favorecesse em termos de melhoria da sua popularidade, pois, quando assumiu o governo, os seus índices de popularidade beiravam a casa dos oitenta por cento e, atualmente, esses mesmos índices não passam dos atuais vinte por cento.

Como em todo o mundo o que conta são os negócios entre países e não as ideologias, que interesse poderia ter a classe empresarial francesa em emparedar o governo brasileiro, um país com mais de duzentos milhões de consumidores, em que dos duzentos maiores grupos empresariais aqui existentes, nada menos do que quinze são franceses? 

Deu tudo errado para Emmanuel Macron. 

PS: pressionado pelo agronegócio, diante da perspectiva do Brasil sofrer algum tipo de retaliação nas transações internacionais, o presidente Jair Bolsonaro convocou pela primeira vez , uma rede de TV, fazendo uma fala sensata sobre o imbróglio amazônico, instado que foi na sua fala, pelo teleprompter colocado a sua frente. 

PS II: o  jornal O Globo traz na edição deste segunda-feira, em sua manchete de primeira página, o título; “Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia“ . Diz ainda o presidente Francês , haver "convergência" no G7 para apoio técnico e financeiro ao Brasil.  

Mancada confirmada por ele mesmo. 

É isso.   

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