Justificados somente pela fé em Cristo
Justificados somente pela fé em Cristo
A doutrina da Justificação tem causado grande controvérsia na História do Cristianismo. Provocou a Reforma Protestante, quando os reformadores tomaram sua posição em favor de Sola Fide ou a justificação somente pela fé. Martinho Lutero afirmava que a doutrina da justificação somente pela fé é o artigo do qual dependem a prosperidade ou ruína da Igreja, e João Calvino concordava com ele. Eles tinham opiniões firmes sobre a doutrina porque entendiam, com base na Escritura, que nada menos do que o próprio evangelho está em jogo quando a justificação é debatida.
As causas instrumentais de acordo com a Igreja Católica Romana são os sacramentos de batismo e penitência, mas para os protestantes a causa instrumental é somente a fé. Além disso, o ponto de vista católico romano quanto à justificação se fundamenta numa infusão de justiça, enquanto o ponto de vista protestante se fundamenta na imputação da justiça de Cristo. Muitos crêem que os católicos romanos minimizam a importância da fé, mas isso não é verdade. A Igreja Católica Romana insiste na necessidade da fé para a justificação; mas sustenta que a fé por si mesma não é suficiente para justificar alguém. Precisa haver também as obras. A diferença real é, portanto, que Roma crê em fé mais obras, em graça mais méritos, enquanto os reformados declaram que a justificação é somente pela fé e somente pela graça.
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Para a Igreja Católica Romana, fé mais obras é igual a justificação. Para os antinomianos, fé menos obras é igual a justificação. Para os reformados protestantes, fé é igual a justificação mais obras. Em outras palavras, as obras são o fruto necessário da fé verdadeira. As obras não são levadas em conta na declaração de Deus de que somos justos aos seus olhos; elas não fazem parte das bases da decisão de Deus para declarar-nos justos. Quais são os elementos que constituem a fé salvadora? Os reformadores protestantes reconheceram que a fé bíblica tem três aspectos essenciais: notitia, assensus e fidúcia.
Quando Deus nos declara justos em Jesus Cristo, ele nos adota em sua família. Seu único filho verdadeiro é Cristo, mas Cristo se torna nosso irmão mais velho, por virtude de adoção. Ninguém nasce na família de Deus. Por natureza, somos filhos da ira, não filhos de Deus; portanto, Deus não é nosso Pai por natureza. Podemos ter a Deus como nosso Pai somente se ele nos adotar, e Deus nos adotará somente por meio da obra de seu Filho. Mas, quando colocamos nossa fé e confiança em Cristo, Deus não somente nos declara justos, ele também nos declara filhos e filhas por adoção.
Estes são fragmentos do livro Teologia Para Todos. Quem o autor? Dr. R. C. Sproul. É Ministro Presbiteriano, Pastor da Igreja St. Andrews Chapel, na Flórida. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia; fundador e presidente do ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências, autor de mais de sessenta (60) livros, vários deles publicados em português. Dr. R. C. Sproul é editor geral da Reformation Study Bible. Durante os seus mais de quarenta anos de ministério no ensino acadêmico e na Igreja, o Dr. Sproul tem se dedicado a transmitir com clareza as verdades profundas e práticas da Palavra de Deus.
Frase de Dr. R. C. Sproul: O fato de eu estar respirando esta manhã é um ato de misericórdia divina. Deus não me deve nada. Devo tudo à Ele.