É crime

29/01/2020 17:59
Atualizado 14/11/2024 | 21:35

Um portal local, denominado OitoMeia, postou nesta quarta-feira uma matéria com seguinte manchete: "Arimateia Azevedo e sua filha Maria Tereza Azevedo podem ser presos". A matéria é assinada por Alisson Paixão.

Lendo os dois primeiros parágrafos, percebe-se claramente a canalhice que o autor do texto tenta pespegar sobre Arimateia Azevedo e sua filha Maria Teresa. Vamos a eles: "O OitoMeia teve acessos a uma vasta documentação envolvendo o jornalista Arimateia Azevedo e a sua filha Maria Tereza Azevedo, ela como sócia proprietária do site de notícias Portal Az e ele como o “responsável “, segundo palavras da própria filha pela empresa.

Pai e filha estariam sendo procurados a pedido da polícia, no entanto, não está fácil encontrá-los. Por conta disso, tanto Arimateia como Maria Tereza podem ser presos a qualquer momento. Maria Teresa Azevedo estaria morando em endereços incertos já há algum tempo. O resto do texto, a cantilena prossegue, requentando afirmações já sobejamente contestadas.

A primeira infâmia assacada contra Arimateia e Maria Teresa pelo autor da matéria é dizer que pai e filha estariam sendo procurados a pedido da polícia. Pergunta-se: desde quando a Policia Civil estaria delegando a terceiros as suas obrigações constitucionais?

Outra infâmia decorre de uma canalhice ainda maior, pois qualquer prisão só pode ser feita em flagrante delito ou através de um mandado judicial. Por acaso, essas pessoas que foram "terceirizadas" pela Polícia Civil estariam de posse de um mandado judicial? Como fecho dessa perversão moral do autor do texto, o delegado geral da Polícia Civil do Estado do Piauí, Luccy Keiko, ainda na manhã de hoje em declaração à imprensa, foi categórico ao afirmar que não há qualquer determinação policial para que se efetue prisões de Arimateia Azevedo ou de sua filha.