Independência ou Submissão
Independência ou Submissão
A prática de quaisquer profissões no Brasil não se constitui numa tarefa fácil para quem pretende exercer seu labor com acuidade e zelo. Competência e mérito, no mundo tupiniquim, longe estão de ser valorizados, num total contraste com o que transcorre nas democracias do primeiro mundo. O sentido da atuação profissional é a dependência do “extrativismo estatal”. Nossas instituições políticas e sociais submetem-se ao estatismo e clientelismo típicos da formação social brasileira.
Em matéria veiculada por um portal da cidade de Teresina no dia 29/01/2020 (quarta-feira), dizia-se que o proprietário do Portal AZ, jornalista Arimatéia Azevedo, estava prestes a ser detido pelo aparato policial piauiense. Imediatamente, após entrevista do Delegado Geral da Polícia Civil no Estado do Piauí, Luccy Keiko, constatou-se que era uma notícia que não correspondia aos fatos. Ou na coqueluche que assola o meio jornalístico hoje, era “fake News”.
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Quais as motivações que levam em diversas circunstâncias a se atingir a imagem do jornalista Arimatéia Azevedo? Para mim que acompanho cuidadosamente a vida política, econômica e social piauiense é simples: o referido jornalista possui autonomia em seus posicionamentos exercendo sua profissão com afinco e sem amarras a qualquer setor ou pessoas encasteladas nos poderes
representativos da sociedade ou instituições que devem zelar e preservar interesses públicos.
Notadamente, o Portal AZ é um dos únicos sítios de notícias no Piauí que veicula matérias de conteúdo avesso aos interesses de figurões da high society. Como consequência, passa a ser monitorado, confrontado e, no limite, visa-se cercear por meios diversos, suas manifestações. Todavia, a prática dum jornalismo crítico e sem amarras o transforma num expoente da categoria no país. Indubitavelmente, tal postura acarreta a tradicional ciumeira comum em qualquer campo profissional.
O jornalista Arimatéia Azevedo já possui uma enorme lista de serviços prestados à sociedade piauiense. O seu estilo incomoda a concorrência e acomodados. Tais, preferem o comodismo. Ou o velho estrutural-governismo. Optaram pela filosofia da submissão: “os finalmentes justificam os nãos obstantes”.
Cleber de Deus - Pós-Doutor em Ciência Política pelo Ibero Amerikanisches Institut – Berlin – Germany. E-mail: [email protected]