Ideias concretizadas no tempo e na diversidade
Ideias concretizadas no tempo e na diversidade
Na verdade, detesto discutir sobre política. Parto do princípio que todos temos uma posição sobre determinadas questões e que ninguém vai abrir mão de suas ideias. Nunca ninguém me convenceu de nada através de redes sociais. Todas as minhas ideias resultam de muitas observações, horas e horas de estudo e de conversas com pessoas que eu considero.
Estudar sempre foi algo essencial na minha vida. Sou cético por natureza, daí porque desconfio de qualquer coisa escrita em um pedaço de papel e mais ainda escrita em uma postagem na rede social. Por isso, sempre estudei muito, sempre li muito e sempre fui eclético nas minhas leituras, nunca tive preconceito algum. Conheço pessoas que passam a vida só lendo autores de visão marxista outros só leem pensadores liberais ou conservadores. No final, ficam todos congelados, só pensam dentro da “caixinha”.
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Há mais de 40 anos, estudo de forma sistemática o marxismo e, ao mesmo tempo, os pensadores liberais e os conservadores. Nunca me tornei comunista, tampouco um conservador empedernido ou fascista. Tenho horror a qualquer forma de radicalismo, razão pela qual não sou nenhum revolucionário. No entanto, essas leituras me fizeram aprender a distinguir o joio do trigo e tanto aprendi muito lendo Marx quanto Roger Scruton, um grande pensador conservador e visceralmente anticomunista .
Jamais, em nenhum momento, li alguém com a intenção de refutá-lo ou como, alguns amigos meus me dizem, “para conhecer o que o inimigo pensa”. Sempre li para entender por que alguém tem aquela visão de mundo e o que eu posso aprender ou não estudando aquela visão às vezes tão estranha para mim.
Não leio só sobre Politica, leio sobre História porque considero o seu estudo essencial para entendermos os vários caminhos trilhados pela humanidade. Leio filosofia, porque sem ela, não há questionamentos, não há dúvidas, não há perplexidade. Leio sobre as grandes religiões, porque, mesmo sendo hoje um homem afastado de qualquer igreja, considero que o mistério e o sagrado fazem parte do ser humano. E leio romance e poesia, porque é na literatura que podemos alçar voos mais altos, sonhar, criar fantasias e termos os melhores “insights” para resolvermos, desde questões complexas de nossas profissões, até as mais pueris situações do nosso cotidiano.
Sim, também leio as bulas de remédio, as revistas de consultório, os gibis e os jornais velhos.
Gosto também muito de arte. Leio sobre as grandes pinturas, as esculturas e as novas formas de arte advindas da inteligência artificial. Penso na Arte como essencial para sermos humanos e nos diferenciarmos dos trogloditas. Acredito, como já disse um filósofo, que é através da Arte que poderemos nos salvar.
Não poderia deixar de dizer que o Teatro, a Música e o Cinema também fazem parte da minha vida e da formação de minhas ideias. Gosto dos clássicos e das vanguardas, do nacional e das coisas de fora. Sou aquilo que os judeus (apesar de não ser um) com frequência são acusados de ser por comunistas e fascistas: um cosmopolita.
Todas essas palavras servem para dizer que eu detesto discutir essa política miúda e esquizofrênica em que o país se meteu. Gosto de discutir sobre Política, com o P maiúsculo, que é algo bem diferente daquilo que vemos hoje no país.
Fico perplexo como as pessoas podem retransmitir mentiras tão evidentes em sua página pessoal . Eles ainda têm a cara limpa de dizer que acreditam naquelas boçalidades. Se acreditam, me desculpem, são imbecis e otários. São imbecis e otários porque deveriam saber que estão sendo manipulados por pessoas espertas que conhecem as técnicas de manipulação usadas na comunicação de massa. Perguntem a um manipulador ou a um “guru” quem os influencia? Eles vão rir na sua cara e pensar: “Pobres idiotas!”
O que estamos assistindo hoje no Brasil é a vitória da boçalidade, do grotesco, da banalização do mal, da mentira despudorada. Estamos vivendo a hora e a vez dos velhacos, dos farsantes e dos espertalhões.
Estamos caminhando para uma grande tragédia e não sei, sinceramente, se haverá meios para sermos resgatados.