Pilares da sociedade abalados

Pilares da sociedade abalados

Com um governo absolutamente desastrado, perturbador, frente a uma crise sanitária epidemiológica de imensuráveis proporções, os pilares social, financeiro, emocional e espiritual do Brasil estão inquestionavelmente abalados, encapelados, sacudidos.

Refletindo, somos, hoje, uma Nação atônita e que é obrigada a tolerar e conviver com um governante estonteado, um aturdido que todo dia leva mais insegurança ao povo com suas cascatas dirigidas a um público imbecilizado e idiotizado por emergentes de comportamento duvidoso, frutos da excrescência social e da mucosa política rasteira, intercessores que são de infortúnios.

Vivemos um momento crítico de nossa história como povo civilizado. A arrogância brasileira de andar com a cabeça erguida como uma sociedade espirituosa, da paz e do bem, acabou cedendo lugar aos caprichos de idiotas, recheados de sentimentos comuns: preconceitos e frustrações políticas. Como diz o historiador e professor da Universidade Estadual de Campinas, Leandro Karnal, “o Brasil acabou cego”.

Quando tratamos de sociedade, de civilização, no sentido amplo do termo, não podemos negar a política. De forma alguma! Política envolve todo o cenário de um país. Diversos filósofos formularam e formulam modelos de como deve ser uma sociedade e um Estado. E o Brasil não é – e nem será – diferente.

De repente, em poucos anos, o Brasil foi tomado por um colóquio estúpido, palerma, babaca, tolo, pateta que prega  os antivalores humanos e sociais, a desordem, a balbúrdia, a desobediência e o enfrentamento de uns contra os outros, abrindo espaço para oportunistas manipuladores que se aproveitam da alienação de alguns para degradar o ambiente social equilibrado, um verdadeiro vilipêndio da moral, uma vergonha para os pais de família que pregam o bem e a paz para todos.

Pelo caminho que essa gente escolheu não adianta acreditar que teremos milagrosas ou rápidas soluções sociais e econômicas. Não! Pelo contrário! Haverá, sim, um trabalho árduo de resgate dos nossos valores humanos, que devemos abraçá-los o mais rápido possível.

Na reflexão, a crise do corronavírus nos oferece uma oportunidade ímpar para que possamos corrigir concretamente nossos pilares, os erros políticos de um passado bem recente. Não podemos mais conviver com essa gente disseminadora da negação de valores, que tenta de todas as formas degradar nosso social. Se é que cada um de nós deseja mesmo uma sociedade brasileira melhor para o futuro dos nossos filhos e netos!

Inapelavelmente, escolhemos para nos governar um “falso líder”. Um indivíduo sem os valores de berço. Que termina – e terminará - por deixar as coisas piores do que estavam antes. Assim, pelo caminho que escolhemos não adianta mais seguir em frente. E lembremos da máxima que ensina: “A política começa por cada um. E o governante será o reflexo do nosso comportamento”.

O que deve ser feito, então?

Na concepção de Nicolau Maquiavel, uma pessoa que governa deve ser um homem de inquestionável coragem, sabedoria e inteligência. Para que suas decisões sejam seguras e confiáveis.  Um governante - segue Maquiavel - deve ser dotado de capacidade para controlar acontecimentos e ocasiões. Então, percebe-se que para mudar a política de uma sociedade, primeiramente, o Estado deveria ter um bom governante, dotado de princípios que se dá o nome de “virtú”.

É do imperador romano Marco Aurélio o seguinte pensamento: “O que não tem utilidade para a colmeia, não é útil para a abelha”.

Portanto, todo aquele que exerce senso político pensa em formas de levar o conjunto social a uma situação mais favorável, confiável e confortável. Não pensa em interesses de grupo ou em si mesmo. Soma forças na busca de uma Justiça social. Um governo bom - dizem os bons pensadores - é um governo justo.

François Rabelais, escritor, padre e médico francês do Renascimento, que usou, também, o pseudônimo de “Alcofribas Nasier”, anagrama de seu verdadeiro nome, autor da obra prima “Gargântua”, uma pentalogia de romances, disse com muita proficiência: “ciência sem consciência arruína a alma”.

Para o erudito, consciência é estar junto ao saber, ou seja, vivenciar o saber, não apenas conhecer intelectualmente algo. Quem saboreia o conhecimento torna-se um pouco mais sábio. O conhecimento sem essa consciência, esse compromisso moral por zelar pelo saber, leva ao egoísmo. E, então, usamos o saber para o benefício próprio. Não para o coletivo.

Ao invocar os profundos conhecimentos e ensinamentos antes descritos, peço que cada um(a) faça sua reflexão sobre nosso presidente. Peço também que não sejamos passivos com a ignorância e compassivos com o errático. Porque precisamos enxergar nosso erro com meridiana clareza. A resposta à pergunta que faço fica a critério de cada um: “O que deve ser feito, então?”

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