Bolsonaro macula o Exército
Bolsonaro macula o Exército
Causou uma surpresa agradável a retomada pelo Governo Federal do Programa de Aceleração do Crescimento, o mesmo que marcou significativamente o governo Dilma Rousseff, agora com nova nomenclatura e outra roupagem no governo Bolsonaro, denominado de Programa Pró-Brasil, que voltará a pensar no social.
Será um Plano de Recuperação da Economia em decorrência da pandemia do vírus, cujo objetivo será reconstruir economicamente o país destruído pelo coronavírus, que colocará muita gente na linha abaixo da pobreza e diminuirá o poder aquisitivo da classe média brasileira.
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Implicará, portanto, no “sepultamento” em definitivo do projeto Paulo Guedes/Bolsonaro, que tem aniquilado investimentos sociais e beneficiado unicamente a ganância econômica brasileira.
O Covid-19 imporá ao Brasil um projeto urgente para estabilizar a nossa situação político-social. Os generais que estão no governo Bolsonaro compreendem agora que estamos diante de uma grave crise e que não haverá recuperação e estabilidade econômica sem se voltar para a proteção social dos nossos pobres e desprotegidos.
O “vírus dos ricos” pede passagem e vem mostrar que o projeto de Paulo Guedes, que ludibria Bolsonaro e incautos, é uma utopia diante do caos da pandemia e da “morte iminente”. O vírus mostra para a sociedade que nenhum país pode se manter firme pensando apenas no lado financeiro-econômico. Veja o desespero dos arrogantes e ricaços americanos, que o Brasil pretende imitá-los optando pelo viés da arrogância e dos rendimentos e lucros.
Não creio em impeachment do atual presidente. Não! Tem-se uma classe política suspeita e sem um mínimo de moral e confiabilidade para acusar ninguém. Compreendo até que seja através de um processo penal que possam afastar Bolsonaro. Porque entendo perfeitamente que, hoje, cogite-se um plano envolvendo a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o Supremo Tribunal Federal para entregar o país ao comando do general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, com um afastamento sem traumas de Bolsonaro apoiado pelo Exército.
Tudo indica que os generais que estão no governo caíram na real. Bolsonaro macula a imagem deles e do Exército Brasileiro! E, também, de que eles têm plenas condições para implementar um plano social que já vem sendo pensado e objeto de estudos no mundo inteiro em virtude da pandemia, levando-se em consideração as incertas e as indesejáveis previsões sobre o futuro da humanidade. Tudo que é social gera amor!
Como os generais não podem mais pular do carro andando, a imagem do Exército Brasileiro deve ser preservada de qualquer forma. Ainda que seja pelo sacrifício de Bolsonaro. O que não pode continuar é sendo enlameada pelas sandices do presidente, que não governa, não representa confiança e nem princípios morais, mas apenas cria atrito com as demais instituições como se fosse um irresponsável governando com outros e para muitos outros irresponsáveis”.
O Exército sabe que Bolsonaro foi um péssimo militar enquanto esteve na ativa. Sabe também que ele foi reformado na época de forma negociada, quando deveria ter sido expulso por desonrar o pundonor, a honradez, o decoro, o brio e a dignidade da farda “verde oliva”. Diante de tudo que representou e tem aprontado, inclusive humilhando integrantes do Exército como foram os casos dos generais exonerados por ele no atual governo, não fica conveniente para a farda permanecer inerte diante de tanta ignomínia de Bolsonaro.
Com a crise e o futuro dela, os militares se perguntam: Onde querem ir Bolsonaro e Guedes com um projeto econômico sem pensar no social e nos desprotegidos? Onde chegará essa escalada de impropérios do presidente e de seus seguidores tanto dentro como fora do governo? Quem serão os culpados pós-pandemia? Culpa do presidente? Dos generais? Da oposição? Da classe política? Da democracia? Da sociedade? ... Enfim, quem serão os culpados pela montanha de cadáveres? Quem pagará por tudo isso? Enquanto nossas incertezas se avolumam, enquanto a aflição atinge do rico ao pobre, a imagem do Exército fica cada vez mais deteriorada com Bolsonaro no comando do Brasil. - São estes os militares que se compenetraram de governantes? Se não houver uma firme tomada de posição e uma decisão corajosa de proteção da sociedade, para trazer sossego e paz, será essa a pergunta que permeará no futuro a mente de muita gente, de sóbrios a imbecis!
O certo é que, pelas últimas movimentações políticas, especialmente aquelas que retiram poderes administrativos de Bolsonaro para gerir a crise através da incumbência do general Braga Netto, chefe da Casa Civil, penso que os militares - democraticamente e com civilidade - devem agir com a máxima urgência para evitar o pior, apoiados que sejam pelas demais instituições democráticas e pela sociedade civil organizada. Que não seja uma ditadura, mas apenas uma passagem por um “umbral”!