A sordidez de Moro
A sordidez de Moro
Estarrecida com o imbróglio envolvendo o ex-ministro Sérgio Moro e o presidente da República, Jair Bolsonaro, a jornalista Luciana Oliveira, hoje empresária, ex-repórter da TV Rondônia, da TV Allamanda e da TV Meridional, ex-chefe de redação do Jornal Diário da Amazônia, disse que “Moro não mostra que vale alguma coisa por revelar que Bolsonaro não vale nada. É só um oportunista que calcula para faturar politicamente um prêmio ainda maior, o de se eleger presidente da República”. Ela compara Moro a um “rato” fugindo da água.
Analisando a deprimente cena política recente, a atriz Lucélia Santos fez a avaliação dela pelas redes sociais: “Moro é dos piores personagens dessa trama! Vilão não se aplica ao que esse sujeito representa de sordidez. Ele consegue ser pior que Bolsonaro. Um feito histórico”.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
Decifrando, o que quis dizer a atriz é que o ex-ministro é um indivíduo “imundo”, que causa nojo, repugnância, um mesquinho que gosta de poder, de dinheiro e que não tem valores éticos ou morais.
Pontuando, como em qualquer ambiente social, a sordidez faz parte da política universal. Evidentemente que com exceções à regra. A literatura política global é recheada de fatos políticos baixos e de políticos sórdidos. Às vezes uma sordidez tão forte, tão latente que muitos acabam exagerando e se transformando em sociopatas, alimentando e disseminando baixeza, infâmia, vileza, indignidade e torpeza.
A sordidez vista pelo critério analítico de Lucélia Santos revela, no mínimo, um transtorno de personalidade de Moro, uma perturbação antissocial muito característica daqueles com comportamentos impulsivos e que desprezam seus próprios deveres para desrespeitar direitos e sentimentos alheios.
Uma pessoa sóbria e independente, despida de quaisquer amarras políticas haverá de concluir que a atitude do senhor Moro - por mais deselegante e criminoso que tenha sido Bolsonaro nas entranhas do poder -, denotou extremada falta de consciência moral e elevado distúrbio comportamental.
Veja que não se trata de uma pessoa comum. Não! Trata-se de um ex-juiz! Ainda que não esteja no pleno exercício da magistratura, Sérgio Moro hoje é um bacharel em Direito e deve ter o mesmo comportamento exigido aos magistrados da ativa e aos profissionais do Direito, devendo guardar reserva na vida pública e privada sobre dados ou fatos pessoais ou profissionais de que haja tomado conhecimento.
Para se tornar advogado, após de ter sido juiz, o senhor Moro deverá ingressar nos quadros da OAB que tem um Estatuto que exigirá dele comportamento digno, sem a vileza dos homens reles, porque como advogado que no futuro deva ser será indispensável à administração da Justiça, defensor do Estado Democrático de Direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, devendo, por conseguinte, subordinar sua atividade e seu ministério privado à elevada função pública que deva exercer perante a sociedade como representante de uma classe indispensável ao Judiciário pátrio.
Sem entrar no mérito dos erros ou acertos do presidente da República, Sérgio Moro como ex-juiz e como futuro advogado que possa ser não poderia ter descido ao patamar que desceu: da imundice.
Em um futuro bem próximo espero que o ex-juiz possa exercer seu ministério privado como advogado prestando um relevante serviço público e uma acentuada função social, porque a profissão do mestre Ruy Barbosa exige de nós todos que procedamos a merecer respeito.