Asfixiando Bolsonaro
Asfixiando Bolsonaro
A operação da Polícia Federal autorizada pelo Supremo Tribunal Federal contra bolsonaristas criadores e disseminadores de notícias falsas começa a “asfixiar” os apoiadores criminosos do presidente Bolsonaro.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes determinando busca e apreensão e para colher depoimentos de deputados bolsonaristas, tem como objetivo principal desvendar ações criminosas praticadas por simpatizantes e apoiadores de Bolsonaro, podendo, inclusive, refletir no processo de cassação da chapa Bolsonaro/Mourão, eleita em 2018.
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No Palácio do Planalto a decisão do Supremo foi vista como “cerco a Bolsonaro” e a seus filhos, tidos e havidos como criminosos-chefes de uma quadrilha que se instalou no próprio palácio para alimentar o chamado “Gabinete do Ódio”, de onde saem agressões às pessoas e às autoridades, inclusive assacando contra as instituições por uma “milícia digital” concebida clandestinamente para o crime.
Bolsonaro errou feio ao voltar-se contra as instituições. Não sabe (por ser homem de poucas letras) e nem foi advertido (por alguém letrado) para o fato de que as instituições são permanentes e devem ser respeitadas.
“O caldo pode entornar de vez no colo de Jair Bolsonaro, É que Augusto Aras pretende pedir ao Supremo Tribunal Federal autorização para que o presidente da República deponha em todo o imbróglio da queda obscura de Alexandre Valeixo. Como Celso de Mello, relator do caso, costuma atender tudo o que ele considera justo, Bolsonaro deve ser obrigado a abrir a porta do Planalto ou do Alvorada para gente indesejada por ele. E isso já na próxima semana (Pretta Abreu).
O presidente brasileiro não entende e nem compreende a célebre frase de Fidel Castro: “Os homens passam, os povos ficam; os homens passam, as ideias ficam”. Sem formação educacional e cultural, avesso à decência e ao respeito, boçal contumaz que se serve da pornografia para “defecar” ódio pela boca, Bolsonaro jamais será considerado uma liderança com grandeza suficiente para engrandecer e enobrecer as instituições nacionais com sua sanha delirante.
O jornalista Leonardo Attuch vai ao cerne da questão, para dizer que a decisão do ministro Alexandre de Moraes atingiu em cheio o “coração” do bolsonarismo: “Não haveria fascismo no Brasil sem fake news. Não haveria fascismo no Brasil sem discurso de ódio. Essas duas pontas do bolsonarismo foram duramente atingidas, nesta manhã, com a ação deflagrada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que tem se destacado como uma das figuras centrais no combate ao autoritarismo. O chamado “gabinete do ódio”, alvo dos mandados desta quarta-feira, reproduz um método desenvolvido pela extrema-direita nos Estados Unidos por dois inimigos da democracia: Roger Stone, ex-marqueteiro de Donald Trump, e Steve Bannon, que foi assessor do presidente estadunidense e fundador do site Breitbart”.
Ante a decisão do ministro, o Supremo Tribunal Federal poderá agora palmilhar para debelar o crime disseminado no Brasil pelo despudorado Bolsonaro. Sem a mentira que alimentou o ódio na campanha eleitoral de 2018 Bolsonaro jamais seria presidente da República, avalia Attuch. “Foi necessário que as ameaças se voltassem contra as instituições republicanas e as forças de centro-direita para que houvesse reação, mas antes tarde do que nunca. Se a investigação avançar, será possível encontrar provas cabais de manipulação eleitoral, abrindo espaço para a única saída democrática para o Brasil: a anulação da eleição presidencial de 2018, com a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão” - finaliza.