Os médicos cubanos e o Brasil do preconceito

Os médicos cubanos e o Brasil do preconceito

É lamentável a crítica por brasileiros aos médicos cubanos. Pessoas que fazem isso no nosso país são desinformadas. Ou fazem-se como tal para causar ódio nos meios sociais, disseminando preconceito tosco, desavergonhado, de vileza proposital, fútil e torpe para confundir os incautos.

Sacripantas que se fazem desentendidos! Mas, Cuba está formando médicos do mundo todo na Escola Latino-Americana de Medicina (Elam). A partir de sua criação, em 1998, a Elam já formou mais de 20 mil médicos de 123 países. Atualmente, mais de 11 mil jovens vindos de mais de 120 nações estudam a carreira de Medicina na instituição cubana. Segundo o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, "a Elam é a escola médica mais avançada do mundo".

Fundada para oferecer educação gratuita aos jovens de nações pobres da América Central e do Caribe, a Elam criou um sistema de saúde exemplar para todos os países do mundo, reconhecida pela excelência e eficiência.

Cuba, segundo ainda a ONU, é o único país do mundo que tem um sistema de saúde estreitamente ligado à pesquisa e ao desenvolvimento em ciclo fechado. Sabem o que isso, brasileiros? A saúde humana que não pode melhorar se não for com a inovação e a vocação cubana.

O sistema cubano baseia-se na medicina preventiva e os resultados são excepcionais. Diferentemente do Brasil que visa o lucro-cura, impiedosamente! Diz a ONU que o mundo deve seguir o exemplo da Ilha neste campo e substituir o modelo curativo - pouco eficiente e custoso - por um sistema baseado na prevenção, para que todas as pessoas que vivem no planeta possam ter acesso a serviços médicos eficientes e de resultados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lembra que a falta de atendimento médico no mundo não é, de maneira alguma, uma fatalidade procedente da falta de recursos. Não! É a falta de prevenção, que no Brasil se prefere o custo-cura e não a prevenção-saúde em nome do mercantilismo.

Desde 1963, Cuba tem enviado médicos para todos os recantos do mundo para atender – no sentido de socorrer, mesmo - irmãos vítimas do preconceito, da discriminação e da maldita infâmia americana, européia e brasileira.

Em 2004, Cuba protagonizou a “Operação Milagre”. Que consistia – como ainda hoje consiste - em operar gratuitamente os latino-americanos pobres que sofrem de catarata e outras doenças oculares. Aproximadamente quatro (04) milhões de pessoas conseguiram recuperar a visão graças ao internacionalismo cubano. Dados absolutamente históricos! Sensacionais! Dignos de louvores!

Participaram do programa cerca de 165 instituições, abrangendo 14 países da América Latina, entre os quais Bolívia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Granada, Nicarágua, Panamá, Paraguai, São Vicente e as Granadinas, Venezuela e o Uruguai.

A solidariedade médica cubana se alarga por todo o mundo. É visível, palpável! Os médicos cubanos sempre chegam primeiro e são os últimos que saem.

Portanto, não façam isso com os médicos cubanos!

Em todas paragens do mundo, eles não estão a serviço dos ricos. Estarão sempre à disposição dos humildes, que têm fígado, rim, pulmão, coração, intestino, bexiga, cérebro,... Igualmente aos ricos! Basta isso para que evitemos preconceitos. Pela Medicina preventiva em quase todas as nações do mundo, levam conhecimento e solidariedade à humanidade, verdadeiros heróis injustiçados pela canalha e covarde discriminação brasileira.

Nos Estados Unidos, as escolas de Medicina usam atores para fazer o papel de pacientes. Em Cuba, não! O médico aprende na clínica. Equipes formadas são responsáveis por uma pequena área geográfica, conhecem aquela comunidade. Pacientes vão à clínica e os profissionais médicos também vão de casa em casa. Ao fazer o diagnóstico, os médicos são encorajados a considerar elementos biológicos, psicológicos, sociais,... Tudo! Porque não são fatores isolados. O médico faz o retrato completo, o que está acontecendo na vida do paciente, incluindo todos os fatores que possam provocar sintomas.

Apesar de ser o país com maior gasto “per capita” em saúde, os Estados Unidos ficam atrás de Cuba em alguns indicadores de saúde. Em 2016, por exemplo, segundo o Banco Mundial, a taxa de mortalidade infantil (número de mortos a cada mil nascidos vivos) era de 4 (quatro) em Cuba e de 6 (seis) nos Estados Unidos.

No contexto, tanto para a ONU como para as principais organizações de saúde do mundo, como a OMS, o trabalho prestado pelos médicos formados em Cuba é “extremamente importante”, justamente porque atende áreas carentes e as minorias.

Brasileiros, tratem bem os médicos cubanos! Respeite-os! Envergonhem-se dos seus preconceitos! Basta de mediocridade e hipocrisia!

 

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