É apenas um bom romance?

Por Josenildo Melo

Por Josenildo Melo,

Os Estados Unidos da América não é ficção e muito menos uma boa série ou filme produzido por sua indústria cinematográfica. Quem tem juízo não se mete em brigas ou contentas com os United States Of América. Somente quem fala fluentemente o inglês e sem ajuda de tradutores e já viveu uma boa temporada por lá sabe como realmente funcionam os governos norte-americanos. É bom qualquer “anão diplomático” com falácia que não convence mais ninguém começar a colocar as “barbas de molho”? Você acredita que O Imperador de Ocean Park é apenas um bom romance? Não é bom quem não tem juízo começar a ter? Olha só a síntese: A misteriosa e súbita morte de Oliver Garland, um genial e controvertido juiz conservador, transforma de maneira perigosa a vida de seu filho caçula, Talcott Garland, que se vê obrigado a desvendar uma série de intrigantes enigmas cuidadosamente preparados pelo pai. Emocionante e preciso como uma partida de xadrez entre dois grandes mestres, cada movimento de "O imperador de Ocean Park", de Stephen L. Carter, tem uma função exata que só fica totalmente esclarecida quando o jogo acaba. Ler um bom livro “ajuda bastante a criar o bom juízo”!


O narrador da história é Talcott Garland. Assim como Carter, ele é um advogado que dá aulas numa grande universidade e adora jogar xadrez, mas as semelhanças terminam aí. Seu pai, um famoso juiz conservador, acabou de morrer de um ataque cardíaco sem deixar saudades. No velório, Talcott é abordado por Jack Ziegler, um temido gângster de colarinho-branco que era padrinho de sua falecida irmã. Diante do caixão, Ziegler lhe faz a seguinte pergunta, como quem diz uma senha: "Quais foram as disposições que seu pai lhe passou para o caso de morrer subitamente? " Ele não está se referindo à herança nem a como o falecido gostaria de ser enterrado. O problema é que Talcott não faz a menor ideia do que o criminoso esteja falando. E Ziegler, por outro lado, pensa que o órfão está se fazendo de desentendido. Com o que talvez seja uma ameaça sutil, ele diz que Talcott pode se arrepender amargamente por não lhe revelar logo quais são "as disposições". E há um último aviso: o tempo está correndo. Ler faz bem à saúde!


Assim Talcott se vê numa enrascada cuja dimensão ele nem tem como imaginar. Tudo que ele sabe é que seu pai foi cria do presidente Nixon e que o presidente Reagan o havia indicado para o Supremo, vaga que o juiz perdeu antes mesmo de ocupar, por estar envolvido num escândalo político que tinha a ver com Jack Ziegler e que destruiu sua carreira. Talcott até poderia deixar o assunto de lado, se uma série de pessoas ligadas a seu pai não estivessem morrendo de forma misteriosa, a começar pelo Padre que encomendou as preces em seu funeral. Depois disso, as perguntas não param de atormentar o professor. Será que seu pai realmente morreu de um ataque do coração? Será que a morte de sua irmã, atropelada anos antes por um carro de luxo jamais encontrado, tem a ver com tudo isso? O assunto se torna uma obsessão para Talcott, que precisa descobrir o que são as tais "disposições" que seu pai lhe teria deixado, para não correr o risco de ter o mesmo destino que ele. Enquanto sua investigação pessoal avança, outras pessoas morrem, documentos desaparecem, uma propriedade de sua família é arrombada e – o mais curioso de tudo – algumas peças do jogo de xadrez de seu pai são roubadas. O juiz Garland era aficionado por xadrez, assim como o filho. Então Talcott se dá conta de que precisa pensar como um enxadrista para solucionar a perigosa charada que “herdou”!
 

Fonte: Portal AZ

Saiba mais sobre:

Comente

Pequisar