Brasil tem grande estreia no Mundial de Atletismo Paralímpico
O destaque principal foi Yeltsin Jacques, do Mato Grosso do Sul, que quebrou o recorde mundial nos 5.000 metros
O atletismo brasileiro começou com tudo no Mundial Paralímpico, conquistando um total de oito medalhas no primeiro dia de competições. Com quatro ouros, três pratas e um bronze, a equipe brasileira demonstrou seu poderi e deixou uma forte impressão a apenas três meses da abertura da Paralimpíada de Paris.
Recorde mundial nos 5.000 metros
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O destaque principal foi Yeltsin Jacques, do Mato Grosso do Sul, que quebrou o recorde mundial nos 5.000 metros T11 (deficiência visual) com o tempo de 14min53s97. Yeltsin superou a marca anterior do japonês Kenya Karasawa por dois segundos. O pódio teve ainda o paulista Júlio Agripino, que conquistou a prata com o tempo de 14min57s70.
"Estou muito feliz, foi uma prova muito forte, com vários atletas fazendo suas melhores marcas da vida. Tivemos muito controle na prova, largando mais atrás para depois impor um ritmo mais forte nos últimos 1.500 metros", comemorou Yeltsin.
Tetracampeonato nos 100 metros
Mesmo com 11 anos de carreira, tantos títulos e tantas medalhas, a emoção de acompanhar o Petrucio é sempre a mesma! ❤️🥹
— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) May 17, 2024
Hoje foi mais um dia de frio na barriga assistindo a prova dos 100m T47. E que venha muuuuuuito mais!#Kobe2024 #MundialAtletismo #BrasilParalimplico pic.twitter.com/ZUwYrrTCIw
Outro grande destaque foi Petrúcio Ferreira, que se sagrou tetracampeão nos 100 metros T47 (amputados de braço) com o tempo de 10s82. Petrúcio já havia vencido as edições de Londres 2017, Dubai 2019 e Paris 2023.
"O trabalho que a gente constrói antes de chegar nessas grandes competições e conseguir entregar esse 100% me deixa muito feliz. São 11 anos de carreira, acaba ficando um pouco mais ansioso. Ser atleta mais rápido do mundo é ser inspiração e exemplo para outras pessoas e outros atletas", disse Petrúcio emocionado.
Ouro e prata no salto em distância
No salto em distância T20 (deficiência intelectual), Zileide Cassiano conquistou o ouro com a marca de 5,80m, enquanto a estreante acreana Débora Lima ficou com a prata, saltando 5,54m.
"Não foi fácil não, estávamos um pouco nervosas. Mas uma apoiou a outra e conseguimos essa medalha e mais uma dobradinha para o Brasil", comemorou Zileide.
Ouro e Bronze no lançamento de Club
Wanna Brito garantiu o primeiro título mundial de sua carreira no lançamento de club F32 (paralisados cerebrais) com um lançamento de 26,66m, quebrando o recorde da competição. A paulista Giovanna Boscolo conquistou o bronze com a marca de 24,35m.
"Deu certo, conseguimos repetir o que a gente estava treinando. No meio da prova, comecei a sentir muito frio e precisei ficar batendo na perna para esquentar. Mas depois consegui me recuperar e fazer o lançamento do ouro. Sou muito grata a tudo. Trabalhei muito para que isso acontecesse. Estou muito emocionada", disse Wanna.
Prata nos 100 metros T72
A terceira prata do Brasil foi conquistada pelo jovem Vinícius Quintino, de 17 anos, nos 100 metros T72 (atletas com paralisia cerebral). Vinícius terminou a prova em 17s54, atrás apenas do italiano Carlo Calgani, que estabeleceu um novo recorde mundial com 15s39.
Futuro promissor
Com um início tão promissor, a delegação brasileira, composta por 46 atletas e 10 atletas-guia, segue confiante para os próximos dias de competição. O Mundial Paralímpico, que conta com a participação de 1.069 atletas de 102 países, continua até o dia 25 de maio. A expectativa é de que o Brasil continue conquistando medalhas e se destacando nas diversas provas.
Fonte: Agência Brasil