Febraban e INSS se unem para investigar fraudes contra aposentados

Isaac Sidney anuncia reunião para discutir empréstimos consignados não autorizados

Por Dominic Ferreira, 12/05/2025 09:38

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, anunciou nesta segunda-feira (12/5) que uma reunião será realizada no dia 19/5 na sede da entidade, onde receberá o presidente do INSS, possivelmente o ministro da Previdência, além de representantes da Advocacia Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU). O encontro busca estabelecer uma força-tarefa dedicada a investigar denúncias de empréstimos consignados não autorizados a aposentados, um problema que tem gerado preocupação e controvérsia.

Foto: • José Cruz/Agência Brasil

Edifício sede da Previdência Social, em Brasília• José Cruz/Agência Brasil

Isaac Sidney explicou que a proposta de criar essa força-tarefa surgiu após o reconhecimento da necessidade de compreender a real dimensão do problema. Em entrevista à GloboNews, ele mencionou que, apesar de existirem reclamações, os números não indicam uma situação crítica. "Em 2023, foram 23,3 milhões de operações de crédito para menos de 10 mil reclamações. Não sabemos, no entanto, se essas reclamações foram consideradas procedentes", afirmou, ressaltando a importância da auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).

O presidente da Febraban destacou que os bancos não compartilham práticas irregulares e garantiu que qualquer operação não autorizada será cancelada, com ressarcimento aos aposentados prejudicados. Ele defendeu o modelo de crédito consignado como uma ferramenta de acesso a recursos com juros mais baixos para a população idosa e de baixa renda, afirmando que "o consignado tem o menor custo do mercado".

Isaac Sidney também enfatizou que a Febraban está comprometida em entender como as fraudes ocorrem e punir rigorosamente os responsáveis. "Qualquer operação não autorizada será estornada e nós vamos ressarcir o aposentado", concluiu, reforçando o compromisso da federação em proteger os direitos dos aposentados e garantir a integridade das operações financeiras. A expectativa é que a força-tarefa contribua para a transparência e segurança das transações de crédito consignado.

Fonte: Correio Braziliense