CNU 2025 terá regras mais inclusivas com aumento de cotas, afirma ministra Dweck

Novas políticas buscam aumentar a participação de mulheres, negros e pessoas com deficiência

Por Dominic Ferreira,

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, anunciou que a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), com inscrições abertas a partir de amanhã, terá regras mais inclusivas, visando aumentar a participação de mulheres, pessoas com deficiência e negros no serviço público. As informações foram divulgadas durante uma coletiva de imprensa onde a ministra destacou as novas cotas raciais e a implementação de ações afirmativas.

Foto: Valter Campanato/Agência BrasilMinistra da Gestão apresenta detalhes da nova edição do Concurso Público Nacional Unificado.
Ministra da Gestão apresenta detalhes da nova edição do Concurso Público Nacional Unificado.

De acordo com Dweck, o principal objetivo desta edição do concurso é garantir que pelo menos 50% das vagas sejam ocupadas por mulheres, que irão concorrer às 3.652 vagas disponíveis. A ministra ressaltou que, apesar de as mulheres terem representado 56,2% das inscrições na primeira edição, apenas 39,3% tiveram suas provas corrigidas e a taxa de aprovação variou entre 35% e 45%, dependendo do bloco temático.

“A nossa lógica é de aumentar a diversidade, que é essencial para melhorar a qualidade das políticas públicas. Aumentar a diversidade melhora os resultados das políticas e faz com que elas sejam mais voltadas à nossa população”, afirmou Dweck.

Embora a inclusão de mulheres não seja uma reserva de vagas, a ministra destacou a intenção de equiparar o percentual de mulheres que avançam da primeira para a segunda fase das provas. “A tendência é que o desempenho delas seja melhor, devido à maior escolaridade”, explicou. Isso se alinha a um movimento mais amplo de transição energética e descarbonização que está em curso no campo e na administração pública.

No novo concurso, 35% das vagas serão destinadas a grupos específicos: 25% para pessoas negras, 5% para pessoas com deficiência, 3% para quilombolas e 2% para indígenas. Com essas medidas, o governo busca não apenas aumentar a representatividade, mas também garantir que o serviço público reflita a diversidade da sociedade brasileira.

Desde o início do novo governo em 2023, foram abertas cerca de 15 mil vagas, mas a taxa de reposição ainda é inferior ao número de aposentadorias. Entre 2010 e 2023, aproximadamente 246 mil servidores se aposentaram, e nos próximos dez anos, espera-se mais 180 mil aposentadorias. As inscrições para o CPNU estarão disponíveis até o dia 20 de julho, com uma taxa única de R$ 70 e salários iniciais variando de R$ 7 mil a R$ 16 mil.

Fonte: Correio Braziliense

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