Alckmin afirma que fraudes no INSS começaram antes e garante fim dos descontos

Presidente em exercício diz que descontos indevidos foram suspensos e haverá devolução

Por Carlos Sousa,

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste domingo (11) que o esquema de descontos associativos não autorizados em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não teve início na atual gestão federal, mas garantiu que a prática será encerrada.

Foto: ReproduçãoGeraldo Alckmin
Geraldo Alckmin

“Não começou agora, começou lá atrás, mas vai terminar agora. Os descontos já foram totalmente suspensos, não tem mais nenhum”, declarou Alckmin durante evento em São Paulo.

A fala reforça a posição adotada pelo governo federal desde que o escândalo veio à tona, destacando que o problema é anterior, mas que as atuais autoridades estão tomando providências para sua resolução.

Reembolso e ações judiciais
Alckmin informou que o INSS iniciará a devolução de R$ 292 milhões entre os meses de maio e junho. O valor corresponde a mensalidades referentes a abril, que foram indevidamente descontadas dos segurados mesmo após o bloqueio determinado pelo governo.

Além disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens de associações e empresas envolvidas no esquema. Os valores, segundo o governo, poderão ser utilizados para ressarcir os aposentados e pensionistas prejudicados.

Origem da fraude e desdobramentos
A fraude foi revelada no último dia 23 por meio de uma operação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF). As investigações apontam que entidades faziam descontos em folha de pagamento de aposentados e pensionistas sem autorização, por meio de convênios com o INSS.

Como consequência, houve troca no comando do Instituto e do Ministério da Previdência Social, além do afastamento de servidores públicos supostamente envolvidos.

A gestão federal sustenta que as atuais medidas visam corrigir irregularidades antigas e restabelecer a confiança nos sistemas de gestão previdenciária. O caso segue sob investigação.

Fonte: CNN Brasil

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