Correios cortam jornada e prorrogam demissão voluntária após crise financeira

Medidas visam conter despesas e reequilibrar finanças após prejuízo de R$ 2,6 bilhões

Por Dominic Ferreira, 13/05/2025 09:28

Em meio a uma grave crise financeira, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos anunciou na segunda-feira (12) um conjunto de sete medidas para contenção de despesas, após revelar um prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024. Esta perda significativa fez com que a estatal liderasse o ranking de prejuízos entre empresas federais. Sob a presidência de Fabiano Silva dos Santos, as ações visam otimizar processos, aumentar a eficiência e reforçar a capacidade de investimento da empresa.

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Entre as principais medidas anunciadas, destaca-se a prorrogação das inscrições para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que agora se estenderá até 18 de maio, mantendo os critérios atuais. Além disso, haverá a redução da jornada de trabalho para empregados em unidades administrativas, que passarão a ter uma carga horária de 6 horas diárias e 34 horas semanais, com remuneração proporcional.

Outra estratégia inclui a realocação temporária de carteiros e atendentes comerciais para centros de tratamento, com pagamento de adicional de atividade mais vantajoso, permitindo que a empresa reforce áreas estratégicas sem a necessidade de novas contratações. Além disso, a partir de 1º de junho de 2025, as férias dos empregados serão suspensas, e os trabalhadores só poderão gozar o benefício a partir de janeiro de 2026.

A reestruturação da sede dos Correios também está em andamento, prevendo um corte mínimo de 20% no orçamento das funções. Todos os empregados deverão retornar ao trabalho presencial a partir de 23 de junho, exceto em casos protegidos por decisões judiciais. A empresa planeja ainda lançar novos formatos de planos de saúde, com economia estimada de 30%. A estatal enfrenta, há anos, desafios relacionados à sua sustentabilidade financeira, especialmente devido à concorrência com empresas privadas de logística e à necessidade de modernização tecnológica.

Fonte: Correio Braziliense