Março marca recorde nas vendas do varejo com alta de 0,8%, segundo IBGE

Setor de livros e papelaria se destaca com alta de 28,2% em vendas no mês

Por Dominic Ferreira,

As vendas no comércio varejista apresentaram um crescimento de 0,8% em março, marcando a terceira variação positiva consecutiva. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (15/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o setor alcançou o maior patamar da série histórica, que teve início em janeiro de 2000. Essa performance demonstra um otimismo crescente no varejo brasileiro, refletindo a recuperação econômica após períodos desafiadores.

Foto: Reprodução | Marcelo Camargo | Agência BrasilSetores de livros, jornais, revistas e papelaria apresentam alta de 28,2%
Setores de livros, jornais, revistas e papelaria apresentam alta de 28,2%

Seis das oito atividades investigadas na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) avançaram em março, com destaque para o setor de livros, jornais, revistas e papelaria, que registrou um expressivo aumento de 28,2%. Outro setor que contribuiu para o crescimento foi o de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que teve uma alta de 3,0%. 

Cristiano Santos, gerente da pesquisa, explicou que o aumento nas vendas de livros didáticos, que geralmente ocorre em fevereiro, foi deslocado para março neste ano devido a variações no calendário escolar e no fechamento de novos contratos. Essa mudança de comportamento do consumidor pode indicar uma adaptação às novas dinâmicas do mercado educacional, onde as vendas de materiais didáticos são influenciadas por fatores sazonais.

No que se refere aos equipamentos e materiais para escritório, Santos destacou que a volatilidade do dólar tem um impacto significativo. A alta do dólar no início do ano levou as empresas a adiarem a renovação de estoques, resultando em oscilações nas vendas. Após um crescimento forte em janeiro e uma queda em fevereiro, o setor registrou um novo aumento em março, demonstrando a sensibilidade do mercado a fatores econômicos externos e suas consequências nas decisões de compra.

Fonte: Correio Braziliense

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