Brasil pode retomar status de livre da gripe aviária se não houver novos casos
Ministro Carlos Fávaro afirma que exportações de carne de frango podem ser retomadas após 28 dias sem infecções
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou nesta segunda-feira (19) que o Brasil poderá recuperar o status de país livre da gripe aviária caso não sejam registrados novos casos da doença no prazo de 28 dias. A medida é fundamental para a retomada das exportações de carne de frango, atualmente suspensas por países como China, União Europeia e Argentina.

A declaração vem após a confirmação do primeiro caso da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja de matrizes comerciais no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (16). Trata-se do primeiro foco da doença em sistema de avicultura comercial no país.
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Segundo Fávaro, medidas de contenção estão sendo adotadas, como o bloqueio da granja e a inutilização dos produtos. “Fazendo isso, diminui-se muito o risco de novos casos. Cumprindo os 28 dias, podemos, com base científica, informar ao mercado que o Brasil está livre da gripe aviária”, explicou o ministro.
Apesar da possibilidade de retomar o status sanitário, Fávaro ressaltou que a normalização das exportações deve ocorrer de forma gradual, pois os países importadores podem solicitar esclarecimentos adicionais antes de suspenderem as restrições.
China estava prestes a retomar compras
Durante a coletiva, o ministro revelou ainda que a China estava próxima de retomar a importação de carne de frango do Rio Grande do Sul, interrompida em 2023 após um foco da doença de Newcastle. Segundo ele, sinais positivos haviam sido enviados pela agência aduaneira chinesa (GACC) durante a recente missão do presidente Lula ao país. “Infelizmente, a nova restrição veio por outro motivo”, lamentou.
Segurança alimentar garantida
O Ministério da Agricultura reforçou, em nota, que a gripe aviária não é transmitida por carne ou ovos, e que os produtos inspecionados continuam seguros para consumo. O risco de infecção humana é considerado baixo e, geralmente, está restrito a pessoas com contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas.
Fonte: Agência Brasil