Prefeitura de Teresina vai repassar R$ 2,2 milhões ao Hospital São Marcos

O montante será destinado ao custeio de tratamentos oncológicos prestados em 2023

Por Carlos Sousa, 01/07/2025 16:02

A Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS) autorizou o repasse de R$ 2.230.396,21 ao Hospital São Marcos, valor correspondente a tratamentos oncológicos realizados ao longo de 2023. O termo aditivo foi firmado com a Associação Piauiense de Combate ao Câncer, entidade mantenedora do hospital, e será pago em parcela única.

Foto: Reprodução/Hospital São Marcos

Hospital São Marcos

Segundo a FMS, o montante representa 3,5% do total financeiro registrado nos sistemas ambulatoriais e hospitalares do SUS (SIAS/SUS e SIH/SUS). O repasse está condicionado à comprovação da aplicação correta dos recursos por meio de relatório anual de gestão, conforme publicado no Diário Oficial do Município.

De janeiro a abril de 2025, o São Marcos já recebeu R$ 32 milhões da prefeitura para cobrir atendimentos em diversas áreas, incluindo oncologia, enfermagem e outros serviços. Apesar disso, uma auditoria interna da própria FMS identificou uma dívida de R$ 31 milhões do hospital junto ao poder público.

A situação financeira crítica levou, em abril, à ameaça de suspensão dos tratamentos oncológicos, o que provocou a mobilização do Ministério da Saúde. Uma equipe técnica foi enviada a Teresina, resultando na liberação emergencial de R$ 7,35 milhões, divididos em três parcelas mensais de R$ 2,45 milhões, para garantir a continuidade dos atendimentos.

Além do reforço ao São Marcos, a FMS também publicou nesta terça-feira (01) um aviso de contratação emergencial, no valor de R$ 2.230.882,50, para a aquisição de medicamentos. A medida tem caráter preventivo e visa evitar a descontinuidade dos serviços da rede pública municipal de saúde, que enfrenta alta demanda por insumos essenciais.

A sessão para o envio de propostas da compra emergencial está agendada para o dia 9 de julho. A Diretoria de Compras Públicas da FMS justificou a contratação com base na necessidade de manter o atendimento regular da população, especialmente em áreas sensíveis como oncologia e farmácia hospitalar.

Fonte: PMT