Escola estaduais do Piauí oferecem refeições nutritivas e saudáveis aos alunos

Escolas substituem ultraprocessados por alimentos frescos e regionais, valorizando produtores locais

Por Dominic Ferreira,

A alimentação escolar das escolas estaduais do Piauí está ganhando destaque pela proposta de oferecer refeições mais nutritivas e saudáveis, seguindo a nova portaria do Ministério da Educação (MEC), que estabelece a redução de 15% no consumo de ultraprocessados nas merendas escolares.

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A adoção de cardápios mais saudáveis nas escolas estaduais do Piauí representa um avanço significativo na promoção da saúde e da educação.

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) já adota uma política nutricional que prioriza alimentos frescos e regionais, afastando produtos industrializados e ricos em aditivos químicos. Sob a supervisão de uma equipe técnica de nutricionistas, as refeições da Rede Estadual de Ensino são planejadas para unir sabor, saúde e criatividade. Com a substituição de itens como salsichas e achocolatados por alternativas mais nutritivas, o cardápio das escolas já reflete uma alimentação equilibrada.

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Oferecendo refeições nutritivas e saborosas, a política nutricional da Seduc não apenas melhora a qualidade de vida dos estudantes, mas também apoia o desenvolvimento sustentável ao incentivar a produção agrícola local.

A transformação do cardápio eliminou produtos como refrigerantes, sucos artificiais, biscoitos recheados e outros ultraprocessados. Agora, alimentos frescos e naturais compõem as refeições diárias. Um exemplo é o uso de cacau em pó no lugar de achocolatados industrializados. O tradicional cachorro-quente foi reformulado, abandonando ingredientes industrializados e ganhando versões mais saudáveis.

A nutricionista Ana Vitória Barros Salomão, da 21ª Gerência Regional de Educação (GRE), destaca a importância de incluir alimentos típicos da região e ouvir a opinião dos alunos:  “Priorizamos itens como arroz, feijão, carneiro desossado, frutas como melancia e mamão, além de alimentos típicos da nossa região, como cuscuz. Durante visitas às escolas, ouvimos os alunos para garantir que gostem das refeições servidas. Muitos até repetem o prato, o que é um sinal de que estamos no caminho certo”.

A estudante Letícia de Fátima de Sousa Magalhães, do Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Modestina Bezerra, confirma a qualidade das refeições:  “Gosto muito da comida da escola. Sempre servem arroz, creme de galinha, macarrão e salada. A gente se alimenta bem e nos horários certos, o que ajuda nos estudos”, relatou.

Em 2024, a Seduc investiu mais de R$ 137 milhões na compra de alimentos para a rede estadual, sendo R$ 17 milhões destinados à aquisição de produtos da agricultura familiar, superando os 30% obrigatórios estabelecidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Com a universalização da Educação em Tempo Integral em toda a rede pública estadual, os alunos passaram a receber três refeições diárias, balanceadas e nutritivas. Essas refeições não apenas garantem o bem-estar e a saúde dos estudantes, mas também impactam diretamente no desempenho escolar, como destacou o Secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira enfatizando que a qualidade alimentar nas escolas está melhorando e promovendo o desenvolvimento da agricultura familiar.

A política de valorização dos produtos da agricultura familiar não apenas enriquece as refeições escolares, mas também gera renda para pequenos produtores rurais. Raimundo Nonato Neto, presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado Ave Verde (Asproverde), em Teresina, afirmou que a parceria com o mercado institucional é fundamental para a sustentabilidade das famílias rurais. Ao final de 2024, a Seduc lançou uma chamada pública para a compra de gêneros alimentícios de pequenos produtores, fortalecendo o vínculo entre o campo e a escola.

Fonte: Governo do Piauí

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