Livro traz versão mais sombria de histórias do folclore brasileiro

'O que se esconde nas sombras' bateu meta em site de financiamento coletivo em pouco mais de quatro dias

Por Correio Braziliense,

As histórias do folclore brasileiro são revisitadas e figuras tradicionais são colocados em novas narrativas, mais sombrias e obscuras, no livro O que se esconde nas sombras, uma parceria da autora Thaís Barros e da ilustradora Clara Guedes. O projeto está a todo vapor em um financiamento coletivo pelo site Catarse, onde bateu a meta prevista em pouco mais de quatro dias.

Thais Barros e Clara Guedes: livro ilustrado sobre lendas importantes - (Foto: Kyran Gabrielle/Divulgação)

A inspiração veio para Thaís após ver desenhos de figuras do folclore nas redes sociais e decidir pesquisar mais. “A princípio, só escrevi um texto, não tinha nenhum projeto em mente. Contudo, depois que terminou, quando revisei e editei, pensei ‘nossa isso é muito legal’, pensei que isso poderia ficar esteticamente muito legal, mas eu não sei desenhar”, afirma a autora. Foi desta vontade de fazer algo maior, que ela decidiu convidar Clara, artista visual e tatuadora, para, primeiramente, ilustrar o conto inicial, baseado nas histórias de Corpo-seco e bradador.

“Só desenhar o folclore brasileiro já foi tudo de bom”, afirma Clara, sobre o projeto. “Para mim, foi muito fácil me inspirar para ilustrar os textos, porque eu e a Thaís compartilhamos de muitos gostos nesse sentido. A gente gosta dessa estética mais dark, mais obscura e todas essas histórias místicas que envolvem a natureza, como o folclore”, acrescenta a artista.

O projeto se desenvolveu e começou a ser pensado como uma coletânea de histórias que exploram em narrativas diferentes o lado sombrio do folclore brasileiro. Além do conto que iniciou todo o processo, também foram escritos Iara e Naiá, A Pisadeira, A Mula sem cabeça e O Boitatá. “Eu pesquisei muito, fui a origem de muitas coisas, que cheguei até a me conectar de uma forma diferente com a tradição brasileira, não sei nem explicar”, conta a autora.

O livro, a princípio, seria inscrito em um concurso, mas, posteriormente, foi pensado como um projeto independente. Apoiadas pela Editora Taipa, responsável pela publicação da obra, Thaís e Clara abriram um projeto de financiamento coletivo para conseguirem verba para impressão de 50 cópias, mas em apenas quatro dias conseguiram praticamente todos os R$ 2.900 que se propuseram a levantar em uma campanha de dois meses. “Foi uma surpresa, definitivamente, foi muito legal. No dia seguinte ao lançamento da campanha a Thaís já chegou avisando que já tínhamos atingido mais de 70% da meta”, lembra Clara.

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