Beatriz Segall, a eterna Odete Roitman, partiu com mágoa em relação à Globo

Atriz faleceu em 2018 aos 92 anos, sem ter sido contratada pela emissora

Por Dominic Ferreira, 31/03/2025 11:13

A atriz Beatriz Segall, eternizada pela icônica vilã Odete Roitman na novela Vale Tudo, faleceu em 5 de setembro de 2018, aos 92 anos, por complicações do Alzheimer. Com a estreia do remake de "Vale Tudo" marcada para esta segunda-feira (31), lembramos que Beatriz deixou uma mágoa em relação à TV Globo, onde nunca foi contratada de forma fixa, trabalhando sempre por obra. Essa situação gerou um sentimento de frustração na artista, que se destacou em várias produções ao longo de sua carreira.

Foto: Reprodução | Observatório dos Famosos

Beatriz Segall ficou bastante conhecida devido ao seu papel como Odete Roitman na novela ‘Vale Tudo’.

Em uma entrevista de 2014, Beatriz desabafou sobre sua experiência na emissora, afirmando:"A Globo nunca me deu importância. Nunca fui contratada. Eles nunca me ofereceram, e eu não procurei". Esse reconhecimento tardio da atriz reflete um sentimento comum entre artistas que, apesar de seu talento e contribuição significativa, não recebem o devido valor em suas carreiras.

Beatriz Segall iniciou sua trajetória na televisão em 1978, com sua estreia em Dancin’ Days . Além de "Vale Tudo", ela participou de várias outras produções memoráveis, como Pai Herói (1979), Água Viva (1980), Barriga de Aluguel (1990), De Corpo e Alma (1992) e Sonho Meu (1993). Seu último trabalho fixo na Globo foi em Anjo Mau (1997), mas sua carreira a levou a diversas emissoras, incluindo Tupi, Rede Manchete, Band e Record, onde atuou em Bicho do Mato (2006).

A despedida de Beatriz na televisão ocorreu em 2015, na série Os Experientes. Sua contribuição para a dramaturgia brasileira é inegável, e sua interpretação de Odete Roitman permanece na memória do público. Ao relembrar sua trajetória, fica evidente que a artista não apenas deixou uma marca indelével na televisão, mas também uma reflexão sobre reconhecimento e valorização no meio artístico.

Fonte: Correio Braziliense