Show da Lady Gaga no Rio quase se torna tragédia com plano de ataque terrorista

A operação "Fake Monster" evitou atentado em meio a público diverso de 2 milhões de pessoas

Por Dominic Ferreira,

O show da cantora Lady Gaga, na noite de sábado (3), em Copacabana atraiu mais de 2 milhões de pessoas, mas poderia ter se transformado em uma tragédia. Um ataque terrorista, planejado com o uso de explosivos, mirava o concerto gratuito, que se destacou por sua diversidade e por apoiar causas LGBTQIA+. Embora a ameaça tenha passado despercebida para a maioria dos presentes, uma operação de segurança em grande escala foi realizada nos bastidores pela prefeitura do Rio de Janeiro para neutralizar a situação.

Foto: Reprodução | Instagram | @ladygagaLady Gaga
Lady Gaga

A operação, chamada Fake Monster, teve como objetivo desmantelar um grupo extremista que disseminava ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. As investigações revelaram que o plano incluía o uso de coquetéis molotov e outros explosivos, articulado como um "desafio" nas redes sociais. O show foi escolhido como alvo devido ao seu público, que se identifica com as mensagens de empatia e amor promovidas por Lady Gaga. “Sem criar qualquer tipo de pânico, prendemos os dois principais líderes dessa organização criminosa”, declarou o delegado Felipe Curi, secretário de Polícia Civil, ao G1.

As autoridades prenderam dois dos principais articuladores do atentado: um homem no Rio Grande do Sul, liberado após fiança, e um adolescente no Rio de Janeiro, apreendido por armazenar imagens de exploração sexual infantil. Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, com a participação de delegacias especializadas. Em Macaé, um dos alvos da operação era suspeito de planejar um assassinato durante o show como parte de um "ritual satanista" em resposta às alegações de “práticas ocultas” promovidas por Lady Gaga.

A ação da polícia evidencia o perigo representado por grupos que se organizam nas redes sociais para radicalizar jovens, promovendo mensagens de violência e automutilação. Graças à legislação antiterrorismo, a polícia pôde agir preventivamente, considerando a intenção e a articulação do grupo como crime. Com a operação bem-sucedida, o show de Lady Gaga foi realizado sem incidentes, emocionando o público com discursos de amor e empatia.

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Fonte: Tecmundo

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