Segundo dia de greve de ônibus tem ruas interditadas por motoristas e cobradores

A greve no transporte público de Teresina chegou ao segundo dia com manifestações e ruas interditadas pelos trabalhadores. A prefeitura realizou o cadastro de 100 veículos alternativos para amenizar o impacto causado pela greve, no entanto, ruas do centro foram fechadas para impedir o funcionamento dos transportes alternativos. 

Foto: Foto: Marcelo Gomes / Portal AZ

A greve não tem previsão para chegar ao fim

De acordo com o Sintetro, o setor patronal, durante as negociações, propôs reajustes que não são suficientes e alegam ainda, que os pagamentos ofertados não condizem com os valores que os empresários vão receber da prefeitura e do governo do estado, que se comprometeu a pagar R$ 2 milhões. 

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Em contrapartida, o Setut afirmou que o setor patronal fez “um esforço sobre-humano” para propor o ajuste de 6% no salário, R$ 200 de vale alimentação e R$ 80 de auxílio saúde sem plano de saúde empresarial.

Ainda sem negociações promissoras, a greve não tem previsão para chegar ao fim. Numa tentativa de suprir os usuários do transporte coletivo de Teresina, a prefeitura realizou o cadastro de 100 veículos alternativos para garantir que a cidade não fique sem nenhum transporte, além disso, veículos clandestinos também estão fazendo rotas pela capital.

O Setut afirma que a greve é um desrespeito com a população: 

“A população já tem ciência de que o empresário não quer greve, mas considerando todo o débito que o município de Teresina tem com o sistema de transporte, a população sabe que a capacidade de negociação dos empresários é limitada. O Setut reitera seu total compromisso com a população da capital, segue em diálogo permanente tanto com o sindicato laboral quanto com a prefeitura, buscando o bom funcionamento do sistema de transporte da capital”, explicou Naiara Moraes, consultora jurídica do SETUT.

Os motoristas e cobradores de ônibus, junto com simpatizantes da causa, estão na praça da bandeira fazendo manifestações e impedindo a passagem dos carros cadastrados pela prefeitura.

Nas paradas, usuários relatam a demora para conseguirem se locomover, mesmo nos veículos alternativos. Segundo um passageiro, várias pessoas ficaram presas no Teresina Shopping na noite desta segunda-feira (13) enquanto aguardavam pela passagem de um ônibus ou veículo alternativo. 

“ Não está tendo ônibus para a gente vir embora, nem clandestino, nem nada. Ontem saí do shopping quase 12 horas da noite porque não estava passando nada (...) Tava lá um monte de gente sem saber como vinha embora porque não tinham dinheiro”, afirmou um usuário do transporte coletivo de Teresina.

Novas negociações estão agendadas para acontecer ao longo da semana. O Sintetro pede a assinatura da convenção coletiva, pagamentos dos salários atrasados, reajustes que contemplem a realidade dos trabalhadores e garantias para a categoria.

Fonte: Portal AZ