Empregadores do Piauí entram para Lista Suja por trabalho análogo à escravidão

Ao todo 248 empresas de todo o país foram inseridas no cadastro na última sexta-feira (5)

Por Redação do Portal AZ,

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) incluiu 248 empregadores no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecido como Lista Suja. Este é o maior acréscimo já registrado desde a criação da lista. Sete empregadores do Piauí foram inseridos na lista por práticas registradas desde 2021 até 2023. Ao todo, o estado possui 36 empregadores listados.

Foto: MPTTrabalhadores em situação precária

A inclusão na Lista Suja ocorre somente após a conclusão do processo administrativo que julga as irregularidades relacionadas ao trabalho análogo à escravidão. O nome de cada empregador permanecerá publicado por dois anos na lista, e foram excluídos 50 nomes que já completaram o tempo de publicação estipulado.

Ao todo, o Piauí possui 36 nomes de empregadore na Lista Suja; confira a lista completa aqui.

Confira a lista de empregadores do Piauí inserida no cadastro nessa sexta-feira (5):

  • CBS CONSTRUTORA LTDA - PEDREIRA DA PRATA, ZONA RURAL, JERUMENHA/PI - 10 Trabalhadores resgatados em 2023.
  • GERSINO BARBOSA DE SEPULVIDA - CARNAUBAL NO POVOADO LADEIRA, ZONA RURAL, SÃO JOÃO DA SERRA/PI - 10 Trabalhadores resgatados em 2021
  • JOSE DA GUIA DE OLIVEIRA - PEDREIRA CAFUNDÓ, ZONA RURAL, JERUMENHA/PI - 02 Trabalhadores resgatados em 2021
  • LENNISE LEITE LIMA - RESIDÊNCIA EM TERESINA/PI - 01 Trabalhadora doméstica resgatada em 2023. 
  • MANOEL DE ARAUJO LOPES - ZONA RURAL, ALVORADA DO GURGUEIA/PI  - 15 Trabalhadores resgatados em 2020.
  • NOVO JOQUEI INDUSTRIA E COMERCIO DE PREMOLDADOS LTDA - AV. ZEQUINHA FREIRE, 2000, URUGUAI, TERESINA/PI - 08 Trabalhadores resgatados em 2023.
  • PROJECON PROJETOS E CONSTRUCAO LTDA - PEDREIRA MARRECA, ZONA RURAL, RIO GRANDE DO PIAUÍ/PI - 08 Trabalhadores resgatados em 2023.

Os empregadores listados foram identificados a partir das ações de fiscalização de auditores do trabalho do MTE, que atestaram as condições de trabalho análogo à escravidão. Estas ações contam com a participação de diversos órgãos, como a Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, entre outros.

O Brasil tem como prioridade erradicar todas as formas modernas de escravidão, em conformidade com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8.7 da Agenda 2030 da ONU. Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão podem ser feitas anonimamente pelo Sistema Ipê Trabalho Escravo, criado em 2020 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo MTE. Além disso, as violações de direitos humanos podem ser denunciadas pelo Disque 100, serviço coordenado pelo Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.

Fonte: Portal AZ

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