Aumentam 6% as greves de trabalhadores no Brasil em 2023, indica estudo
Reajuste Salarial Emergiu como Principal Reivindicação, Revela Levantamento do Dieese
O ano de 2023 testemunhou um aumento de 6,08% no número de greves de trabalhadores no Brasil, totalizando pelo menos 1.132 mobilizações em todo o país. Os dados são parte de um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que revelou informações cruciais sobre o cenário das greves no país.
Entre os destaques do levantamento, está o fato de que a maioria das greves ocorreu no setor público do trabalho, com o reajuste salarial emergindo como a principal reivindicação dos trabalhadores. Mesmo diante de processos de privatização, as mobilizações dos trabalhadores não foram contidas, demonstrando uma persistência na luta por direitos trabalhistas.
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O estudo baseou-se em informações coletadas pelo Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG-Dieese), que monitora notícias veiculadas na grande mídia e na imprensa sindical, tanto impressa quanto eletrônica.
Os números gerais revelam que, das 1.132 greves ocorridas em 2023, 628 foram na esfera pública, enquanto 488 ocorreram na esfera privada. Em relação à duração das mobilizações, a maioria delas encerrou-se no mesmo dia, embora algumas tenham se estendido por mais de 10 dias.
Quanto às reivindicações, o estudo identificou quatro categorias principais: propositivas, defensivas, em protesto e em solidariedade. O reajuste salarial despontou como a principal pauta, seguido pelo cumprimento do piso salarial, pagamento de salários em atraso e melhorias nas condições de trabalho.
No que diz respeito às resoluções e resultados das greves, o estudo destacou que, embora nem todas as informações sobre o desfecho das mobilizações estejam disponíveis, a maioria delas resultou em algum tipo de êxito nas reivindicações dos trabalhadores.
Análises setoriais revelaram padrões mensais nas greves, com diferentes setores liderando os movimentos em diferentes períodos do ano. As mudanças na legislação trabalhista e as privatizações não impediram a mobilização dos trabalhadores, que continuaram a lutar por melhores condições de trabalho e salários dignos.
Fonte: Agência Brasil