Conheça 5 mulheres que lutaram pela abolição da escravatura no Brasil
Comemora-se nesta segunda-feira (13) o 136º aniversário da assinatura da Lei Áurea
É comemorado o 136º aniversário da assinatura da Lei Áurea, nesta segunda-feira (13), marco que oficializou o fim da escravidão no Brasil. Porém, para além do protagonismo da princesa Isabel nesse processo, é essencial reconhecer a contribuição de inúmeras mulheres que, ao longo do tempo, lutaram incansavelmente pela abolição e foram muitas vezes invisibilizadas pela história.
Dandara:
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Dandara desempenhou um papel fundamental ao lado de Zumbi dos Palmares, seu esposo, na construção e liderança do quilombo dos Palmares. Além de dominar técnicas de capoeira, ela liderava mulheres e homens na luta pela libertação total dos negros no Brasil. Apesar de sua relevância, seu reconhecimento é prejudicado pelos padrões de gênero impostos pela sociedade.
Adelina:
Adelina, uma vendedora de charutos em São Luís, foi uma informante crucial para os ativistas abolicionistas. Ela atuava como informante das ações da polícia, participava de comícios e ajudava na fuga dos povos escravizados, utilizando seu conhecimento da cidade para antecipar as ações policiais e alertar o movimento abolicionista.
Maria Firmina dos Reis:
Considerada a primeira romancista brasileira, Maria Firmina dos Reis utilizou a literatura como ferramenta de luta contra a escravidão. Em sua obra "Úrsula", publicada em 1859, abordou a desigualdade vivida pelos escravizados e pelas mulheres, tornando-se uma importante voz abolicionista.
Maria Felipa de Oliveira:
Liderando um grupo de cerca de 40 mulheres, Maria Felipa de Oliveira enfrentou as tropas portuguesas nas guerras de independência na Bahia na década de 1820. Sua resistência foi motivada pela defesa dos locais onde os povos escravizados libertos comercializavam seus produtos, demonstrando sua força física e determinação.
Tereza de Benguela:
Tereza de Benguela, atuando no século XVIII, tornou-se líder do Quilombo do Quariterê após o assassinato de seu marido, José Piolho. Sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, destacando-se pela coordenação de um forte aparato de defesa e pela articulação de um parlamento comunitário.
Essas mulheres, e tantas outras, deixaram um legado de resistência que merece ser lembrado e celebrado. Sua coragem e determinação contribuíram significativamente para o fim de um dos períodos mais sombrios da história do Brasil.
Fonte: Correio Braziliense