Segundo o censo 2022, no Piauí, crianças negras foram registradas mais cedo

No quadro geral, ocupam a segunda posição, com 99,30%. Sendo 0.3% a menos que no estado

Por Carlos Sousa,

O Censo Demográfico de 2022 apontou que o registro de nascimento de crianças até 5 anos de idade no Piauí alcançou uma cobertura de 98,91%. No entanto, ao analisar os dados por faixa etária, observa-se uma menor cobertura para crianças menores de 1 ano, com um indicador de 95,99%, o que sugere uma menor eficiência no registro em Cartório para essa faixa etária. Esse padrão foi também identificado em nível nacional, onde o indicador de registro de nascimento para crianças menores de 1 ano foi de 98,34%, inferior à média geral de 99,26% para crianças de até 5 anos.

Foto: Reprodução/IBGECenso demográfico 2022.
Censo demográfico 2022.

No Piauí, a situação melhora sensivelmente a partir de 1 ano de idade, com o registro de nascimento alcançando 99,05%. Para crianças entre 2 e 5 anos, o indicador sobe para 99,55%, superando até mesmo a média nacional para essa faixa etária, que foi de 99,46%. No Brasil, o indicador de registro de nascimento para crianças de 1 ano foi de 99,23%, também demonstrando uma melhoria em comparação aos menores de 1 ano.

Foto: Reprodução/IBGECenso demográfico 2022.
Censo demográfico 2022.

Quando se observa o registro de nascimento por cor ou raça no Piauí, os indicadores permanecem bastante próximos, com o maior registro sendo entre pessoas pretas (99,0%), seguido por pessoas pardas (98,99%). As pessoas brancas apresentaram um indicador de 98,73%, enquanto pessoas de cor ou raça amarela tiveram 98,61%. As pessoas indígenas tiveram o menor indicador, com 95,41%.
No contexto nacional, o padrão foi diferente. As pessoas brancas apresentaram o maior indicador de registro de nascimento, com 99,52%, seguidas pelas pessoas pretas (99,30%) e pardas (99,28%). Pessoas de cor ou raça amarela tiveram um indicador de 99,09%, enquanto as pessoas indígenas apresentaram o menor registro de nascimento, com 93,17%. 
Esses dados destacam a importância de continuar aprimorando as políticas de registro civil, especialmente para os grupos com menor cobertura, visando garantir o direito ao registro de nascimento a todas as crianças no Brasil.
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Fonte: IBGE

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