Promotor acusado de corrupção passa a ser monitorado eletronicamente

Já se sabe que um assessor do promotor também está envolvido na extorsão

Por Redação do Portal AZ,

Como já virou praxe, sem citar nomes dos seus alvos, a Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (15/8) novas medidas judiciais no âmbito da Operação Iscariotes, deflagrada semana passada com mandado de busca e apreensão na casa do promotor de Justiça Mauricio Verdejo, que foi denunciado pelo empresário Junno Campos por cobrar suposta propina de R$ 3 milhões para encerrar uma investigação. 

As investigações apuram o crime de concussão, supostamente, praticado pelo  promotor de justiça do estado do Piauí e seu assessor. Não cita o nome do assessor.

Foto: ReproduçãoPromotor é acusado de exigir suborno de empresário
Promotor é acusado de exigir suborno de empresário

Nesta segunda etapa, a justiça determinou o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados, sendo quatro em Teresina/PI e um na cidade de Picos/PI. 

Não fala em prisão do promotor, apesar de requisição feita pelo procurador João Malato, ainda na semana passada. 

O Tribunal de Justiça do Piauí também determinou o bloqueio de bens e valores, o afastamento do cargo público e o monitoramento eletrônico dos investigados, além de outras medidas cautelares. Ou seja, os dois devem estar usando tornozeleira eletrônica. 

Segundo texto disponibilizado pela PF, comprovados os fatos sob investigação, o agente público poderá responder pelo crime de concussão, que consiste na prática de exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

Entenda o caso

O promotor Maurício Verdejo está sendo investigado por extorsão após o empresário Junno Pinheiro denunciar que foi cobrado para ter um processo judicial contra ele extinto. A denúncia de Pinheiro gerou uma operação policial para apurar a situação.

Segundo Junno Pinheiro, no dia 26 de julho de 2024, ele foi abordado por Maurício Verdejo em um restaurante localizado no litoral do estado. Verdejo teria solicitado R$ 3 milhões para que um processo judicial em que Pinheiro estava envolvido fosse extinto. A extorsão foi relatada às autoridades, levando à abertura de uma investigação.

A Polícia Federal, em uma operação subsequente, realizou uma busca na residência de Maurício Verdejo. Durante a operação, foram encontrados aproximadamente R$ 900 mil em dinheiro vivo na casa do promotor. A origem desse dinheiro está sendo investigada para determinar se há ligação com a acusação de extorsão.

Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal no Piauí

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