Petróleo sobe 4% após ataques dos EUA ao Irã: Wall Street em queda
Contratos futuros de petróleo crescem 4% após ataques americanos ao Irã, gerando impacto
Ao lançar ataques contra alvos iranianos em Fordo, Isfahan e Natanz, os Estados Unidos provocaram uma surpreendente reação nos contratos futuros de petróleo. Neste domingo à noite, o petróleo bruto registrava um aumento de aproximadamente 4%. Essa ação inesperada gerou impacto imediato nos investidores, que aguardavam uma possível escalada diplomática após declarações de Trump sobre a questão. A Casa Branca informou que o presidente havia falado em atacar o Irã "nas próximas duas semanas".
Por volta das 19h (horário de Brasília), o valor do WTI, referente aos EUA, subia 3,83%, atingindo US$ 76,67 por barril, enquanto o Brent, utilizado como referência global, apresentava um acréscimo de 3,75%, chegando a US$ 79,90 por barril.
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Em contrapartida, os futuros das ações americanas indicavam queda. Os contratos vinculados ao Dow Jones Industrial Average perdiam 257 pontos, equivalente a 0,6% nas primeiras movimentações do pré-mercado. Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 também registravam baixas de cerca de 0,6% e 0,7%, respectivamente.
Irã ameaça fechar Estreito de Ormuz e preços do petróleo podem disparar
O bloqueio do Estreito de Ormuz, uma das principais rotas marítimas do petróleo global, traz à tona preocupações sobre inflação e escassez de energia em nível mundial. As recentes ações dos EUA, em conjunto com ataques israelenses, intensificaram o conflito no Oriente Médio. O Irã, como o terceiro maior produtor de petróleo da OPEP, representa um ponto crucial nesse cenário.
Donald Trump afirmou ter "obliterado" instalações nucleares iranianas em ataques realizados durante a noite de sábado, em uma ofensiva que se uniu aos ataques israelenses. Como resposta, o Irã prometeu se defender. Com esse contexto, há expectativa de um aumento significativo nos preços do petróleo.
De acordo com Jorge Leon, especialista em análise geopolítica da Rystad e ex-membro da OPEP, é esperado um salto nos preços do petróleo devido à incerteza gerada pelos recentes eventos. Mesmo sem retalições imediatas, os mercados provavelmente precificarão um risco geopolítico mais elevado.
Apesar da estabilidade nas condições de oferta e da disponibilidade de capacidade excedente de produção em outros países da OPEP, os ganhos no preço do petróleo têm sido limitados. Segundo Giovanni Staunovo, analista do UBS, a inexistência de interrupções no fornecimento contribui para a redução dos prêmios de risco.
A situação permanece em constante evolução e as próximas reações do Irã terão um papel fundamental para determinar os rumos do mercado global de petróleo.