Atentado em igreja na Síria deixa 22 mortos e mais de 60 feridos
Explosão foi provocada por homem-bomba durante oração em igreja ortodoxa lotada, em Damasco
Um atentado terrorista atingiu uma igreja ortodoxa grega nos arredores de Damasco, capital da Síria, no último domingo (23), deixando pelo menos 22 mortos e 63 feridos. O ataque foi realizado por um homem-bomba que invadiu o templo armado, abriu fogo contra os fiéis e depois se explodiu com um colete de explosivos.

O ataque aconteceu durante uma cerimônia religiosa na Igreja de Mar Elias, localizada no bairro de Dweil’a, e reuniu cerca de 350 pessoas, segundo o padre local Fadi Ghattas. Este foi o primeiro atentado suicida contra igrejas na Síria em anos.
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Segundo o Ministério do Interior da Síria, a principal suspeita é o grupo extremista Estado Islâmico (EI). Nenhuma organização assumiu oficialmente a autoria até o momento, mas o modo de operação e os alvos são compatíveis com ações anteriores do grupo.
Relatos de testemunhas indicam que havia dois atacantes: um atirador que disparou contra a porta da igreja e outro que se explodiu logo na entrada ao ser confrontado pelos fiéis. A cena foi descrita como caótica, com bancos cobertos de sangue e estilhaços, enquanto sobreviventes gritavam e choravam.
O governo sírio classificou o ataque como “covarde” e “terrorista”, e prometeu intensificar os esforços contra organizações extremistas. “A segurança dos locais de culto é uma linha vermelha”, afirmou o ministro do Interior.
A ministra dos Assuntos Sociais e do Trabalho, Hind Kabawat, visitou a igreja ainda no domingo para prestar solidariedade às vítimas e reafirmar o compromisso do governo com a proteção da comunidade cristã, que é minoria no país.
A tragédia reacende o alerta para ações de células extremistas ainda ativas na Síria, país que já viveu anos de guerra civil. Apesar dos esforços do governo para restabelecer a ordem, a instabilidade e o avanço de grupos radicais continuam sendo um desafio para a segurança nacional e para a convivência religiosa.
O presidente Ahmad al-Sharaa comprometeu-se em identificar os responsáveis. Líderes religiosos locais, por sua vez, pedem mais proteção a igrejas e templos, temendo novos ataques a espaços de culto.
Fonte: Euronews