Onda de calor atinge Europa com mortes, incêndios e recordes de temperatura

Turquia, Itália, Áustria, Suíça e Portugal enfrentam extremos climáticos e colapso urbano.

Por Viviane Setragni,

A Europa enfrenta uma intensa onda de calor neste início de julho, com recordes de temperatura, incêndios e aumento no número de mortes, especialmente nos países do sul do continente. A situação tem mobilizado autoridades e populações em busca de alívio e medidas emergenciais.

Foto: Martin Meissner/The APPessoas refrescam-se no rio Reno durante uma onda de calor no centro da cidade de Basileia, na Suíça, segunda-feira, 30 de junho de 2025.
Pessoas refrescam-se no rio Reno durante uma onda de calor no centro da cidade de Basileia, na Suíça, segunda-feira, 30 de junho de 2025.

Na Turquia, incêndios florestais intensificados por ventos e calor extremo já provocaram ao menos uma morte. O caso mais recente foi registrado na cidade costeira de Cesme, onde um idoso morreu por inalação de fumaça. Centenas de bombeiros e aeronaves atuam para conter os focos de incêndio que se espalham por várias regiões do país.

Na Itália, 17 das 27 maiores cidades estão em alerta máximo. Hospitais reportaram aumento de 20% nos atendimentos de emergência por causas ligadas ao calor. Pelo menos cinco mortes já foram associadas às altas temperaturas. Em Bolzano, no norte do país, os termômetros chegaram a 37 °C, agravando as condições em áreas urbanas mal arborizadas. A cidade aposta na expansão de áreas verdes para combater os efeitos da crise climática.

Na Áustria, a cidade de Salzburgo registrou temperaturas de até 38 °C. Sistemas de aspersão foram instalados em pontos turísticos para amenizar o calor, mas o excesso de concreto e a falta de sombra continuam sendo obstáculos. O número de dias com mais de 30 °C dobrou nos últimos anos, o que também aumentou o risco de incêndios florestais.

Na Suíça, os efeitos chegaram até uma usina nuclear. A central de Beznau, no cantão de Aargau, reduziu suas operações devido à alta temperatura do rio Aare, usado para resfriamento dos reatores. A medida busca proteger a fauna aquática de impactos ambientais severos.

Em Portugal, ao menos 69 mortes acima do esperado foram registradas desde o início da onda de calor, principalmente entre idosos com mais de 85 anos. O país atingiu no último domingo (29) a temperatura recorde de 46,6 °C em Mora, no Alentejo. Apesar da previsão de alívio nos próximos dias, sete distritos ainda permanecem em alerta amarelo.

De acordo com o serviço europeu Copernicus, a Europa é o continente que mais aqueceu nas últimas décadas, com ritmo duas vezes superior à média global.
 

Fonte: Com informações do EuroNews

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