Onda de calor atinge Europa com mortes, incêndios e recordes de temperatura
Turquia, Itália, Áustria, Suíça e Portugal enfrentam extremos climáticos e colapso urbano.
A Europa enfrenta uma intensa onda de calor neste início de julho, com recordes de temperatura, incêndios e aumento no número de mortes, especialmente nos países do sul do continente. A situação tem mobilizado autoridades e populações em busca de alívio e medidas emergenciais.

Na Turquia, incêndios florestais intensificados por ventos e calor extremo já provocaram ao menos uma morte. O caso mais recente foi registrado na cidade costeira de Cesme, onde um idoso morreu por inalação de fumaça. Centenas de bombeiros e aeronaves atuam para conter os focos de incêndio que se espalham por várias regiões do país.
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Na Itália, 17 das 27 maiores cidades estão em alerta máximo. Hospitais reportaram aumento de 20% nos atendimentos de emergência por causas ligadas ao calor. Pelo menos cinco mortes já foram associadas às altas temperaturas. Em Bolzano, no norte do país, os termômetros chegaram a 37 °C, agravando as condições em áreas urbanas mal arborizadas. A cidade aposta na expansão de áreas verdes para combater os efeitos da crise climática.
Na Áustria, a cidade de Salzburgo registrou temperaturas de até 38 °C. Sistemas de aspersão foram instalados em pontos turísticos para amenizar o calor, mas o excesso de concreto e a falta de sombra continuam sendo obstáculos. O número de dias com mais de 30 °C dobrou nos últimos anos, o que também aumentou o risco de incêndios florestais.
Na Suíça, os efeitos chegaram até uma usina nuclear. A central de Beznau, no cantão de Aargau, reduziu suas operações devido à alta temperatura do rio Aare, usado para resfriamento dos reatores. A medida busca proteger a fauna aquática de impactos ambientais severos.
Em Portugal, ao menos 69 mortes acima do esperado foram registradas desde o início da onda de calor, principalmente entre idosos com mais de 85 anos. O país atingiu no último domingo (29) a temperatura recorde de 46,6 °C em Mora, no Alentejo. Apesar da previsão de alívio nos próximos dias, sete distritos ainda permanecem em alerta amarelo.
De acordo com o serviço europeu Copernicus, a Europa é o continente que mais aqueceu nas últimas décadas, com ritmo duas vezes superior à média global.
Fonte: Com informações do EuroNews