Gravações desmentem entrevista concedida pelo desembargador Erivan Lopes
Denúncia ao CNJ contém 1.289 páginas sobre terreno do magistrado na praia
Áudios anexados à denúncia do Ministério Público ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam conversas entre o desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, Erivan José Lopes, e o dono do cartório de Luís Correia, Manoel Barbosa, que põem por terra todos os argumentos do magistrado registrados na entrevista coletiva desta manhã, em que ele chega a dizer que não tem nem o número do telefone do tabelião. Nas conversas se sabe que falam em inscrições antigas de terras para legalizar uma propriedade adquirida por Erivan Lopes.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
Desembargador Erivan Lopes em entrevista nesta sexta-feira (Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)
Segundo a reclamação assinada pelo promotor de Justiça, Galeno Aristoteles Coêlho de Sá, de mais de 1.200 páginas, na conversa os dois tratam de uma negociata envolvendo a suposta regularização de imóvel que seria ou teria sido adquirido pelo referido desembargador. O promotor não diz se a propriedade foi comprada ou recebida por doação.
“...se observa claramente o modus operandi do grupo criminoso, ou seja, falsificação de registros imobiliários para regularizar áreas sem registros, extraindo informações de matrículas de outros imóveis, o que retrata a prática criminosa de grilagem de terras, objeto dos fatos apurados na mencionada investigação”, diz trecho da denúncia.
Em sua defesa, o desembargador acusa o promotor Galeno de atuar em conluiou com um ex-procurador do município para obter decisões favoráveis à si. Erivan negou ainda ter cometido qualquer infração funcional em diálogos entre ele e o proprietário do cartório beneficiado com sua decisão judicial. "O objetivo dessa reclamação é me afastar dos processos, porque eu sou ou fui um obstáculo à fúria vingativa dele contra o Madson Roger Silva Lima e Luís Neto (dois investigados)”. declarou.
"Chega no meu gabinete, no plantão, dois Habeas Corpus, em que nenhum o Valdemar faz parte, e nem o seu Manoel Barbosa faz parte. O Habeas Corpus envolve o Luís Neto e Madson. Como havia ilegalidade nas determinações judiciais, eu concedi a ordem de Habeas Corpus, parcialmente, substituí a prisão preventiva por medidas cautelares. O promotor Galeno ficou desagradado com essa decisão e num ato de vingança teria entrado com reclamação no CNJ em que imputa pauta disciplinar a mim, porque, segundo ele, eu teria forjado o registro desse imóvel junto com o Manoel, com quem eu mantenho uma relação espúria. Primeiro, nem o telefone do Manoel eu tenho. Segundo, esse Manoel foi a mesma pessoa que eu afastei do cartório, porque ele foi pra lá em uma permuta ilegal. Então, como é quem tem aí uma relação espúria com uma pessoa que eu mesmo afastei?", indagou o magistrado.
Na denúncia, o promotor expõe os diálogos entre o desembargador e o tabelião via telefone. "Fato grave que merece destaque é a constatação da estreita e questionável relação entre o desembargador Erivan Lopes e Manoel Barbosa que desafia o enfrentamento da questão pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça", diz trecho da reclamação.
Leia o diálogo na íntegra:
Manoel Barbosa e Erivan Lopes (Foto: Portal AZ)
[desembargador] Erivan Lopes:Ei, Manoel.
Manoel Barbosa: e aí, como vai Desembargador?
ERIVAN : tranquilo, ei Manoel, eu comprei um terreno, o Valdemar Rodrigues, na barrinha, e o Cajubá tá querendo fazer o documento, eu queria saber se dá certo fazer no seu cartório
MANOEL:ele me ligou ontem, eu tava em Floriano, o Cajubá Neto, ele ficou de ir amanhã, eu tô aqui viajado, tô perto de Altos, tô indo pra Luis Correia, a gente combinou amanhã a tarde se juntar, eu e ele, pra gente já ver.
ERIVAN:pronto, eu queria era que tu, se desse pra tu vir em Teresina, eu só vou aí em julho, no dia 5, tu trazia pra eu assinar aqui.
MANOEL:pode deixar que a gente vê aqui.
ERIVAN: tá bom, obrigado!
Em 20 de maio, o dono do cartório de Luís Correia, Manoel Barbosa, novamente conversou com o desembargador Erivan Lopes e disse que fez algumas modificações no documento para dar uma maior segurança jurídica ao processo.
Leia a conversa na íntegra:
Caio Arêa Leão e Manoel Barbosa também foram denunciados pelo promotor (Foto: divulgação)
MANOEL - DESEMBARGADOR?
ERIVAN – Oi, MANOEL;
MANOEL - Eu conversei hoje com o CAJUBÁ e fiz algumas modificações porque eu vi que tava assim meia quebrada a história do terreno né, entendeu? E o CAJUBÁ havia dito "Não MANOEL tu é quem sabe fazer isso mesmo faz isso daí que estou passando de manhã a minuta pra ele dar uma lida” né e o CAIO meu filho vai na sexta e o senhor assina aí viu;
ERIVAN – Beleza, então;
MANOEL - Que já tá dando tudo certo, ele vai dormir aí na quinta pra resolver umas coisas dele e eu já tô concluindo aqui no cartório, eu peguei as áreas tudo remanescente pra trazer porque que ele tinha botado um registro de parnaíba como se fosse daqui o 7112 e ele foi matriculado aqui e eu tô pegando, constando a matrícula, de onde veio, que foi do cartório Almendra de 1948 que é pra ter aquele direito ao aforamento, eu tô modificando e ele disse "Não MANOEL, modifica, tu é quem sabe fazer isso, a gente sempre trabalhou juntos né e eu sempre trabalho junto com ele alguma coisa e a gente faz toda coisa que tu sabe fazer só pra eu dar uma lida" aí eu vou mandar e ele "não, não precisa não". Eu vou mandar de manhã, ele lê, me devolve e eu já faço só lavrar a escritura, viu? Pra não ter problema.
ERIVAN - Tá bom, MANOEL;
MANOEL - Eu tô dando uma modificada que é pra ter aquela segurança jurídica melhor viu, tá bom;
ERIVAN - Pois quando for na sexta feira eu aguardo;
MANOEL - E meu filho eu vou dar o telefone, ele entra em contato com o senhor e vai aí no tribunal, o VALDEMAR tá por aqui pra assinar?
ERIVAN - O VALDEMAR tá;
MANOEL - Pois eu vou dizer até pro CAJUBÁ pra ele assinar amanhã a tarde aqui, tudo de bom pro senhor, até mais;
ERIVAN - Até mais.
Ainda no dia 17 de maio, o advogado Cajubá Neto entrou em contato com Manoel Barbosa e trataram sobre a escritura do terreno que seria para o desembargador Erivan Lopes.
Leia a conversa na íntegra:
MANOEL - Oi CAJUBÁ;
CAJUBÁ - Boa tarde meu amigo MANOEL, tudo bem?
MANOEL - Tudo bem CAJUBÁ;
CAJUBÁ - Ótimo, meu amigo alguma notícia da escritura?
MANOEL - Eu tô fazendo, é que eu encontrei algumas dúvidas, aquele registro que botaram não é aquele, que é um registro antigo de PARNAÍBA e eu correndo esses dois dias, aí eu tô pegando o atual, porque na verdade eu não tenho nada dizendo de onde ele...
CAJUBÁ - Tudo bem, eu tava numa siestazinha, um dormidazinha e o telefone tocou...
MANOEL - Eu vou ligar pra ele, é porque eu não vou também fazer um documento errado pra depois dizer ah não sei o quê e tal entendeu, o cara presidente do tribunal do Piauí;
CAJUBÁ - Lógico, isso é lógico, não tenha dúvida nenhuma;
MANOEL - Aí eu tive olhando assim, ele botou ali na escritura tem assim onde tem um terreno, ali é a posse de um terreno então tenho de ver direitinho porque se eu botar a posse, a compra de um terreno não pode, porque ele não tem terreno, ele não tem registro, ele não tem nada né, então eu estou modificando que é pra mim qualificar as coisas melhor;
CAJUBÁ - Lógico, não tenha dúvida, não tenha dúvida;
MANOEL - Tá bom CAJUBÁ?
CAJUBÁ - Eles não ligaram pra ti não?
MANOEL - Não, o ERIVAN ligou mas eu tava, vi agorinha, tava deitado, o desembargador ligou, tá bom?
CAJUBÁ - Então eu vou ligar pra ele e vou dizer que você tá trabalhando, é porque demora mesmo, tem que pesquisar...
MANOEL - Tá bom, tchau.
CAJUBÁ - Tchau.
O diálogo é retomado, em 20 de junho:
CAJUBÁ - Alô?
MANOEL - CAJUBÁ NETO tudo bem é MANOEL;
CAJUBÁ - Diga meu amigo, tudo bem, tudo em paz?
MANOEL - Eu tô concluindo aqui, mudando um pouco pra poder lhe apresentar;
CAJUBÁ - Mude meu amigo, ave maria, você que é autoridade nisso eu só estou ajudando;
MANOEL - Eu sei meu amigo é que eu liguei pra ele (provavelmente ERIVAN) e ele disse não, converse qualquer coisa com o CAJUBÁ, então eu tô vendo aqui os livros esse registro que diz a gleba que ela diz 171 né, que tá registrada pelo (inaudível) antigo e não 117, algumas coisas que eu tô vendo aqui, esse registro 7.112 é de Parnaíba de 48, eu tô mudando algumas coisas sabe, que vai, como é de posse não precisa dizer certas coisas de registro porque a gente tá fazendo direto na posse né, entendeu?
CAJUBÁ - Certo, é só por causa do direito preferencial ao aforamento que ele faz questão que fique constando, entendeu?
MANOEL - É, eu vou ver aqui como é que eu faço, eu tô vendo do EUDES, ele tinha 171;
CAJUBÁ - Não, o EUDES só tinha 28;
MANOEL - Aí depois ele vendeu, eu vi aqui que só sobrou a parte disso daí, aí ele vendeu 111, documento antigo que ele vendeu para o FRANCISCO BATISTA PAZ e depois...
CAJUBÁ - Ah SIM
MANOEL - A gleba era grande aí depois ele ficou com o remanescente de 59, vendeu um ao pai do Dr. Luís Henrique de 1 hectare e depois ele vendeu um pedaço de 28 pra AGROMAR né, que é do LAURENTINO, aquela da confusão da cédula né, entendeu? Que ele vendeu aqui eu tô até com os registros e escrituras, coisa antiga também, mas a gente pegando do 171 que foi a gleba primeira registrada no nome dele e dando um coisa, ainda tem uma sobra né, entendeu? Só que eu tenho de botar de posse, da posse não me referindo a terreno essas coisas, eu vou dizer só os registros que tem esse registro antigo que é o maior, que é 2150 porque de qualquer jeito vai ter a sobra né, entendeu? E me referir a ele que teve esse registro, tarará, tarará e só entendeu?
CAJUBÁ - Tudo bem, qualquer coisa você me liga que eu vou aí;
MANOEL - É, eu vou porque você sabe que é uma pessoa que é MEU AMIGO e tudo e a gente tem que dar a segurança jurídica né, de qualquer jeito, entendeu? Aí eu vou referir como posse aqui e ver como faz aqui pra não dar problema nem pra mim e nem pra ele, porque o VALDEMAR comprou a posse do EUDES né que tinha um registro antigo no nome dele comprado do espólio desse pessoal aqui, entendeu?
CAJUBÁ - Manoel, tudo bem, tudo bem;
MANOEL - É porque eu tô fazendo outra até aqui no cartório, eu vim pra aqui que é um horário melhor, aí eu tranco aqui e fica melhor, hoje eu concluo com o KELSON aí eu lhe passo a minuta pra você me dizer alguma coisa tá?
CAJUBÁ - Tudo bem, pois tá ótimo, grande abraço;
MANOEL - Até logo, tá.
Nesse trecho das conversas, Manoel e Cajubá acertam detalhes para que a escritura seja entregue, bem como sobre, inclusive, um material com registros antigos de terra que, segundo o contexto do caso, serviriam para a grilagem de terras no litoral.
Leia a conversa:
Valdemar Rodrigues seria o dono do terreno que o desembargador teria adquirido. Ele compareceu na entrevista a pedido de Erivan Lopes (Foto: Wanderson Camêlo/Portal AZ)
MANOEL X CAJUBÁ -
CAJUBÁ - Diga meu amigo MANOEL;
MANOEL - CAJUBÁ, eu falei agora com o desembargador que o meu filho CAIO vai na quinta feira à noite pra TERESINA e já quero lavrar amanhã a escritura, eu tô concluindo aqui e fazendo um histórico melhor porque estou botando o VALDEMAR comprou do EUDES né;
CAJUBÁ - Sei, sei;
MANOEL - Que o EUDES havia adquirido do espólio né;
CAJUBÁ - Pois é exatamente isso, veja bem, não interessa pra gente em registro do FULANO, DO CICRANO, DO BELTRANO, porque veja bem o que interessa é o direito preferencial ao aforamento;
MANOEL - Eu tô botando assim, que o imóvel foi matriculado nesse cartório sob o nº tal, tal, tendo como registro anterior a escritura que tu botou, você tá entendo, aí eu botei aqui, aí eu botei mais ou menos isso ó: a área que tu botou que era disso eu botei remanescente da matrícula 2152, folha 28, do livro de registro geral 2S, feito em 22/08/1989, anteriormente registrado sob o nº 7112, folha 114-115 do livro das transmissões três números 10, em 03/08/1948 do cartório ALMENDRA de Parnaíba, você tá entendendo? Então isso é que fixa a data, o 1948, que é que vocês querem pra o direito a preferência, entendeu?
CAJUBÁ - Isso, exatamente, eu quero os sete mil e pouco porque aí com os sete mil e pouco eu pego a escritura particular que foi vendida para o....
MANOEL - VALDEMAR;
CAJUBÁ - Pro EUDES, para o EUDES ou VALDEMAR;
MANOEL - Não, do EUDES é um escritura pública feita aqui nesse cartório;
CAJUBÁ - Isso, do EUDES para o VALDEMAR porque na verdade esses registros anteriores que foram feitos eles foram feitos até ao arrepio da lei porque não podia porque o terreno nunca foi aforado, entendeu?
MANOEL - É, mas eu tô só querendo dizer porque nesse número sete mil cento e pouco ainda tem os registros anteriores aí de Parnaíba que já são mais velhos;
CAJUBÁ - Ô beleza, ô beleza, tu conseguiu isso foi?
MANOEL - Tá aqui, eu tenho tudo;
CAJUBÁ - Ô beleza rapaz, aí é que pra mim é beleza, ahh bom agora pronto;
MANOEL - Isso, ele vem de dois registros anteriores, cita aqui o CHICO foi quem fez na época quando ele matriculou;
CAJUBÁ - Ô beleza, tu lembra a data?
MANOEL - Rapaz, aqui só diz os números, dois números tão bem aqui "registros anteriores 3536 e 3124 do Cartório Almendra", tá bem aqui sabia;
CAJUBÁ - Ora mais se o sete mil é de que ano rapaz? É antigo pra porra.
MANOEL - É de 48;
CAJUBÁ - É de 48 e os outros dois são anteriores, foi exatamente com os outros dois que ele MANOEL DA PENHA se habilitou nos autos da demarcação e divisão das campanas;
MANOEL - Aí eu vou citar nessa escritura tudo entendeu?
CAJUBÁ - Ô beleza, pronto, pronto.
MANOEL - E registros anteriores eu vou botar esses dois, tais e tais, entendeu?
CAJUBÁ - Pronto, pronto, anteriores ao de 1948 não é isso? ô beleza porque aí eu tava, a folha de pagamento é que era minha arma pro registro, pro direito preferencial ao aforamento entendeu? Agora não, agora eu tenho a folha de pagamento e tenho os registros que habilitaram ele;
MANOEL - Pois é, anterior é;
CAJUBÁ - Agora pronto, agora tá joia;
MANOEL - Pois é, você pode pegar no cartório do OSWALDO, eu disse pro DESEMBARGADOR aqui, eu tava conversando com ele, ele disse rapaz e tal, muito obrigado, agora tá faltando pra mim, vou lhe dizer o que é;
CAJUBÁ - Hum;
MANOEL - É essa cópia da escritura do VALDEMAR comprando de EUDES;
CAJUBÁ - Eu tenho;
MANOEL - Pra mim juntar no processo aqui, porque tu sabe que eles pedem;
CAJUBÁ - Pois pronto;
MANOEL - E cópia da identidade e CPF do VALDEMAR e cópia da...
CAJUBÁ - Pronto, se você quiser lhe levo amanhã;
MANOEL - Pois amanhã eu te ligo, pode ser a tarde, eu já vou preparando aqui porque eu tenho a minuta, antes de eu lavrar nós dois, entendeu? direitinho..., aí marca pro VALDEMAR assinar na quarta de manhã e o CAIO leva na quinta;
CAJUBÁ - Pois pronto, eu fiz tudo direitinho no pedido de patrimônio da união tá tudo, tá a cadeia, tá tudo organizado, mas eu tenho as fotos;
MANOEL - Aqui as glebas de terra na época que o EUDES comprou 111, 69 e 72 de uma área de 171, 17 e 16; Tá bem aqui que foi a matrícula que o Chico fez e aí eu fui atrás de uns documentos aqui, da folha de pagamento as coisas, porque tu sabe a gente que vende dá muito esforço;
CAJUBÁ - Deu trabalho né;
MANOEL - Né, mas deu tudo direitinho, eu queria era fazer uma coisa correta;
CAJUBÁ - E ele quer, ele disse ó CAJUBÁ, eu quero comprovar esse direito preferencial ao aforamento, eu disse...;
MANOEL - A única coisa que eu tô citando é quando tu citou aqui do terreno eu estou citando a posse de um terreno, que ele tá comprando é a posse;
CAJUBÁ - Não, tudo bem, que ele tá comprando é a posse, ele tá comprando a posse, tudo bem, certo;
MANOEL - Pra gente no cabeçalho dizer a posse de um terreno e lá embaixo tem que ser a posse e não de um terreno;
CAJUBÁ - A posse, a posse, correto, correto;
MANOEL - Mas eu tô aqui no cartório, eu liguei pra ele aqui agora, ele ficou alegre porque eu disse que ia mandar, e lá onde diz assim que vendeu, onde é que ganha o terreno aí eu digo assim a parte remanescente da matrícula tal aí eu vou descendo aí e tal de onde vem, lá de longe;
CAJUBÁ - Perfeito, que horas você quer que eu vá então?
MANOEL - Você pode vir amanhã 3 horas da tarde, aí eu boto já ela aí tu traz a cópia dos documentos, tu tem alguma cópia dos documentos do ERIVAN aí?
CAJUBÁ - Do ERIVAN rapaz, eu tinha no outro celular ó;
MANOEL - Não mas se tu não tiver não tem problema porque o CAIO pega na hora lá, ele tira lá no TRIBUNAL e pega;
CAJUBÁ - Ele me mandou no outro celular;
MANOEL - Não tem problema não o CAIO só faz chegar "DESEMBARGADOR me dê cópia dos seus documentos";
CAJUBÁ - Então do VALDEMAR você quer a compra dele provando que comprou do...
MANOEL - É tu sabe que eu tô dizendo que tem isso aí junta e bota num processozinho arquivado viu, tá bom?
CAJUBÁ - Perfeito, perfeito, pois eu levo viu, com certeza; Um abraço tá, até logo
MANOEL - Tá, um abraço, até logo.
Diante de todo o material colhido durante as investigações, o Ministério Público pediu o afastamento do desembargador Erivan Lopes, do dono do cartório de Luís Correia, Manoel Barbosa e do filho dele, Caio Arêa Leão.
Corregedor Geral Humberto Martins (Foto: Gustavo Lima/STJ)
A denúncia foi protocolada no dia 11 deste mês e já está conclusa para a tomada de decisões pelo corregedor geral Humberto Martins, que deve submeter o caso ao colegiado do CNJ.
Clique aqui e veja a entrevista de Erivan Lopes
Clique aqui e veja a reclamação na íntegra
Matérias relacionadas:
Desembargador Erivan Lopes é denunciado pelo Ministério Público ao CNJ
Desembargador suspende pedido de prisão do Gaeco contra Luís Neto
Polícia faz buscas na casa da delegada Cassandra Moraes; marido é considerado foragido
Advogado diz que investigado em grilagem de terras vai se apresentar quando tiver acesso ao processo
Conheça detalhes da denúncia do MP e decisão do juiz sobre suspeitos de grilagem de terras
Empresário e advogado negam grilagem de terras em Luís Correia